Fóssil de dinossauro na região de Rio Preto é de espécie que viveu há mais de 80 milhões de anos

Rodrigo Lima
As relíquias do animal estavam a cerca de oito metros de profundidade da superfície e levaram mais de 10 horas para serem extraídas/imagens – divulgação

Um fragmento de fêmur, úmero (osso da perna dianteira), uma vértebra caudal e um dente de dinossauro foram encontrados nas obras de duplicação da BR-153, no quilômetro 85, próximo do trevo de Ruilândia, em Mirassol. O achado paleontológico é considerado um importante testemunho das espécies que habitaram a região no período Cretáceo, há mais de 80 milhões de anos.

Localizado por funcionários da construtora que executa as obras, as relíquias do animal estavam a cerca de dez metros de profundidade da superfície e levaram mais de 10 horas para serem extraídas. Após notificar a Agência Nacional de Mineração – ANM e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – IBAMA, a equipe de Meio Ambiente da Triunfo Transbrasiliana levou, neste último sábado (03), profissionais especializados até o local para escavações.

De acordo com o paleontólogo do Museu Pedro Candolo, de Uchôa (SP), Fabiano Vidoi Iori, que participou da ação, o fóssil encontrado pertencia a uma espécie de Titanossauro. Segundo ele, a rocha em que foi encontrada os fragmentos é do período final da “Era final dos Dinossauros” (Cretáceo).

Ainda, de acordo com o Paleontólogo, a espécie pertencente ao grupo Saurópodes teria, aproximadamente, de 12 a 15 metros de comprimento, e pesava entre 10 e 15 toneladas. A equipe de escavação ainda contou com apoio de mais paleontólogos: William Navas, do Museu de Marília (SP), e Leonardo Paschoa, do Museu Pedro Candolo de Uchôa (SP).

Os Titanossauros viveram predominantemente na América do Sul, sendo quadrupedes, de pescoço e cauda longos, além de hábitos herbívoros.

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