Feira-livre: ‘corredor de políticos’ e de idosos que retornam no pós-pandemia em Rio Preto

Rodrigo Lima
Feira-livre em Rio Preto é ponto de encontro de políticos e idosos / imagem – divulgação

Quem não gosta de comer pastel ou sentir o cheiro dos grãos moídos do café na feira-livre? E neste período de pré-campanha eleitoral, os frequentadores das feiras percebem que o espaço se transforma em um “corredor de políticos”, ou seja, candidatos a deputados estadual e federal que vão em busca do contato direto com o eleitorado.

O presidente do Sindicato dos Feirantes de Rio Preto, Milton Perozim, afirmou que nesta época do ano os políticos intensificam as visitas, não importando a coloração partidária. Da esquerda à direita todos são benvindos. São mais de 20 feiras realizadas na cidade, que movimentam mais de R$ 20 milhões ao ano.

“Percebemos que a frequência das pessoas na feira aumentou. Os idosos que iam comprar algo bem de manhã, por conta da Covid, agora vão à feira entre às 9h e 10h”, afirmou.

Em Rio Preto, há diversas feiras que acontecem semanalmente, sendo algumas mais conhecidas como da Vila Ercília, da Boa Vista, da Vila Anchieta, da Vila Imperial, da Cecap entre outras. Perozim afirma que aos poucos o movimento das bancas vai sendo retomado e, em ano eleitoral, os candidatos aproveitam para visitar o espaço.

“A feira é um local onde se encontra muita gente. Por isso, os candidatos vão à feira, que se transforma em um ‘corredor de políticos’ neste período do ano”, afirmou o presidente do sindicato.

Ex-prefeito Valdomiro Lopes (PSB) postou vídeo nas redes sociais na feira do Solo Sagrado/ imagem – reprodução

Por exemplo, o pré-candidato a deputado estadual Valdomiro Lopes (PSB) já visitou a feira do Solo Sagrado, enquanto que Edson Filho (MDB), que tentará uma cadeira na Câmara Federal, passou pela Vila Imperial. E os consumidores também estão voltando.

Já Edson Filho, pré-candidato a deputado federal, foi na Vila Imperial / imagem – divulgação

“Na minha banca o movimento já é de até 70% em comparação ao período anterior à pandemia”, disse Perozim. “Há outras bancas em que o movimento de clientes ainda não voltou 100%”.

E, isso, impacta diretamente no lucro do feirante. Uma banca que faturava aos finais de semana R$ 2 mil, agora, consegue vender entre R$ 1 mil a R$ 1,5 mil no sábado e no domingo. “Esperamos que a situação se normalize”, disse.

Atualmente, as feiras-livres também enfrentam ainda a concorrência das grandes redes de supermercados em Rio Preto. Geralmente, a disputa pelos consumidores com ofertas em diversos tipos de produtos, com promoções em dias determinados na semana.

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