O empresário Waldemar Verdi Jr, em entrevista exclusiva ao Diário do Rodrigo Lima, defendeu a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de outubro. Ele acredita ainda que a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes vai ficar entre o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o pré-candidato Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos). Waldemar descartou os candidatos Márcio França (PSB) e Fernando Haddad (PT).
Waldemar participou nesta terça-feira, 24, de evento da posse da nova diretoria do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) do Noroeste Paulista. Assume o comando da entidade a empresária Aldina Damico, que também fala sobre os desafios do empresariado para os próximos meses no país.
O empresário afirmou que tem uma visão positiva para o próximo ano. “O Brasil já mergulhou no processo de recuperação após a pandemia, que foi dramática, e a guerra . O governo brasileiro agiu com muita velocidade e conseguiu dar rumo às coisas”, afirmou.
Waldemar diz ainda “que temos um país muito melhor do que estava quando tomou posse o atual governo”. “Sob ponto de vista das estatais, dos órgãos públicos, a profissionalização que foi dada a esses organismos, a balança comercial, as contas públicas estão muito mais ajustadas. A minha palavra é de otimismo para esse ano de 2023”, disse.
Diante desse cenário, ele acredita que “até a eleição teremos mais notícias positivas e acho que favorece o candidato Bolsonaro”. “Ele e a equipe econômica foram responsáveis por mudanças estruturais. Sem menosprezar a força do candidato Lula, que sabemos ter, mas o melhor para o Brasil seria a continuidade do presidente Bolsonaro”, afirmou.
O megaempresário não esconde seu lado político. “Sou bolsonarista porque reconheço nele um homem que conseguiu contrastar a situação do governo anterior, que não sou eu que falo, mas que os tribunais falaram. O assunto da corrupção e dos assaltos às entidades públicas, A Petrobras que foi um escândalo. Não vimos isso no governo Bolsonaro até agora”, afirma Waldemar ao citar sucessivos prejuízos registrados pelos Correios e pela Petrobras. “Petrobras agora teve um lucro extraordinário no último trimestre”.
Ele avalia também que a situação é muito melhor. “As empresas estatais estão muito melhores administradas, com seriedade e sem politicagem. Você não vê mais político dirigindo empresa estatal. Com isso, acho que o Bolsonaro merece continuidade por mais quatro anos. E acho que é isso que vai acontecer”, afirma.
Pandemia
Waldemar saiu em defesa do atual presidente no período da pandemia. “A pandemia atrapalhou na medida que as pessoas de oposição, da esquerda, quis atribuir a culpa ao presidente Bolsonaro. Como se a pandemia fosse um privilégio do Brasil. Não foi. O mundo inteiro foi assolado por isso”, afirmou o empresário. “Erros foram cometidos em um primeiro momento, até mesmo pelos médicos que não conheciam a pandemia. Então eu acho que tendo em vista o que vem depois, com a vacinação e a eficiência do Brasil no sistema vacinal, temos uma parcela enorme da população vacinada. Houve uma queda enorme (do número de casos). Grande parte da população está vacinada”, disse.
Para o empresário, “atribuir a culpa da pandemia a Bolsonaro é bobagem”. “Não colou e não vai colar. Estamos em uma situação favorável”.
Estado
Durante a entrevista exclusiva, Waldemar comentou sobre a disputa eleitoral no Estado . “O Estado de São Paulo está privilegiado por ter dois candidatos excelentes. O Rodrigo Garcia é uma pessoa extremamente competente, com vivência grande no Estado de São Paulo, nas diversas secretarias. Com trabalho excepcional e com grandes chances de se eleger. E se esse for reeleito, São Paulo terá um grande governador. Não tenho dúvida disso e nós como rio-pretenses temos de prestigiá-lo e apoiá-lo”, afirmou.
Ele, no entanto, cita a pré-candidatura de Tarcísio Gomes de Feitas. “Temos o candidato do Bolsonaro, que é o Tarcísio que tem demonstrado no ministério dele um serviço muito eficaz. Então prefiro dizer o seguinte: é um privilégio termos dois candidatos tão bons quanto esses dois”, afirmou Waldemar. “Acho que os dois preenchem mais a condição que o Estado de São Paulo precisa de um governador”.
Em relação aos outros pré-candidatos Márcio França (PSB) e Fernando Haddad, que estão bem posicionados nas pesquisas eleitorais, o empresário descarta qualquer possibilidade de vitória na eleição.
3º Via
De acordo com o empresário, a tentativa da criação de uma candidatura de terceira via fracassou. “Não dá mais. Acho que até poderia ter sido uma coisa boa se tivéssemos um candidato de terceira via. Parte da sociedade gostaria de um candidato que seria uma alternativa tendo um candidato do centro. Evitando um pouco essa polarização, que não é boa, mas que vai ocorrer”, afirmou o presidente do conselho da Rodobens. “Tivemos a desistência de João Doria (PSDB), que declinou da candidatura porque percebeu que não tem mais chance”.