Projeto de lei lido na sessão da Câmara de Mirassol na segunda-feira, 5, quer proibir a realização Paradas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais,Transsexuais e Travestis) e eventos similares no município. A proposta é de autoria do vereador Daniel Sotto (MDB).
De acordo com a justificativa da proposta, o vereador afirma que durante a realização da última parada, ocorrida em 27 de setembro, “pessoas se utilizaram do sistema de som e atacaram verbalmente o senhor Prefeito Municipal, a Câmara Municipal e um padre da cidade”. “Pessoas relataram também que muitos atos de atentado ao pudor ocorreram durante a realização deste evento, atacando a moral e os bons costumes da sociedade mirassolense”, diz Sotto na proposta.
O vereador do MDB afirma que “é favorável a quaisquer manifestações cívicas que não ataquem terceiros nem promovem desordem, principalmente, por pessoas de outros municípios que vieram até nossa cidade, posto que a população mirassolense é civilizada e por si, não faria tais ataques ou atos impróprios”. As supostas críticas teriam partido de uma pessoa de Rio Preto.
Durante a sessão, Sotto disse que os vereadores evangélicos e católicos devem votar a favor da proposta. O emedebista disse que é necessário colocar “ordem” em Mirassol. “Vai fazer desordem em Rio Preto. Aqui não!”, diz.
Sotto afirma que a honra do padre foi atacada. Ele, no entanto, durante a sessão não contou mais detalhes. “Qual foi o benefício que trouxe a parada gay para Mirassol? Trouxe remédio? Trouxe mais médicos?”, questionou.