VEJA VÍDEO – Quadrilha de falsos investimentos causa prejuízo de R$ 5 milhões e é desarticulada pela Polícia Civil

Rodrigo Lima

 

A “Operação Firewall” foi realizada entre os dias 11 e 20 de março de 2025/imagem – divulgação

A Polícia Civil de Rio Preto, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (SECCOLD), prendeu uma quadrilha especializada em fraudes eletrônicas, conhecidas como “falsos investimentos”. A estimativa é de que o grupo tenha causado um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.

A “Operação Firewall” foi realizada entre os dias 11 e 20 de março de 2025, abrangendo as cidades de São Paulo, Osasco e Mogi das Cruzes (SP), além de Belo Horizonte e Confins (MG). Durante a ação, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, e três pessoas foram presas, sendo duas de maneira temporária e uma em flagrante.

As investigações conduzidas pelo SECCOLD revelaram que o grupo criminoso operava de forma organizada, com uma estrutura hierárquica bem definida e divisão de funções específicas. Entre os envolvidos, estavam criminosos de nacionalidades peruana, venezuelana e chinesa.

Dentre os integrantes identificados, destacam-se os chamados “chipeiros”, responsáveis pelo cadastramento fraudulento de linhas telefônicas; os “conteiros”, que recebiam os valores obtidos ilegalmente; e os “movimentadores financeiros”, encarregados de dispersar os recursos ilícitos para dificultar seu rastreamento e garantir a obtenção das vantagens indevidas.

A Polícia Civil ainda investiga os golpistas que entravam em contato com as vítimas e os “mentores intelectuais”, que seriam os principais beneficiários do esquema criminoso. Durante a operação, foram apreendidos computadores, celulares, chips telefônicos, cartões bancários, diversos documentos, dinheiro em espécie e uma arma de fogo. Todo o material, segundo os investigadores, confirma o envolvimento dos suspeitos e traz novos elementos que vão auxiliar na identificação de outros integrantes da organização criminosa.

O golpe do falso investimento era aplicado por meio de anúncios em redes sociais, que prometiam alta rentabilidade. As vítimas, ao clicarem no anúncio, eram direcionadas para grupos de WhatsApp, onde falsos investidores e supostos “professores de investimentos” criavam um ambiente de credibilidade.

Convencidas pela simulação de um grupo lícito, as vítimas eram induzidas a realizar um cadastro em um aplicativo vinculado a uma suposta corretora de investimentos. Em seguida, recebiam instruções para transferências via PIX para contas de pessoas jurídicas com nomes sugestivos de fundos de investimento, passando a falsa impressão de legalidade. No entanto, essas empresas eram constituídas fraudulentamente em nome de terceiros e serviam apenas para viabilizar o golpe.

Os valores transferidos eram rapidamente pulverizados na rede bancária, impossibilitando o resgate pelas vítimas. A polícia estima que mais de 100 pessoas tenham sido lesadas, somando um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e recuperar os valores desviados.

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