A sede social do Palestra Esporte Clube se tornou um enorme elefante branco encravado na região central de Rio Preto. O prédio que já abrigou a principal agremiação esportiva e de lazer do município chama a atenção pela sua decadência e abandono. “É muito triste ver tudo isso assim”, disse um funcionário que estava no local.
O que já foi um dia sinônimo de alegria e um espaço de encontros com amigos e família, atualmente está mais para um filme de horror. A poeira e o mato alto se destacam e dá margem para um único sentimento de quem já frequentou o Palestra na sua juventude: tristeza.
Os salões e quadras cheios de vida ficaram no passado. As traves dos gols ainda estão na antiga quadra que recebeu esportistas e foi palco de carnavais memoráveis, onde só tinha espaço para a alegria.
O extintor jogado no chão, a sujeira e os banheiros vandalizados abrem um abismo no peito. As lembranças boas ficaram no passado. Quando essa reportagem foi produzida, o único barulho que ecoava na quadra era dos murmúrios das pessoas em situação de rua que circundavam a região embaixo do viaduto da rua João Mesquita. Atualmente, a Prefeitura de Rio Preto fechou o espaço, onde a suspeita é de que o consumo de drogas ocorria a luz do dia.
A tradição do Palestra e a sua história jamais será apagada da memória dos rio-pretenses. Afinal, o clube foi peça fundamental no desenvolvimento da cidade por 90 anos. O Diário do Rodrigo Lima mostra com exclusividade como está o prédio atualmente, sem entrar na discussão do imbróglio judicial que se arrasta há anos.
O clube foi vendido por R$ 60 milhões a uma incorporadora imobiliária. Parte deste valor seria destinado ao pagamento das dívidas da agremiação e outra parte seria destinado a investimentos no clube de campo, que também já teve parte do seu patrimônio negociado.