O ex-presidente Lula (PT) atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o acusou de interferir na PF durante a entrevista no jornal Nacional nesta quinta-feira, 25. “O Bolsonaro troca qualquer diretor a hora que ele quer, basta que ele não goste. E eu não fiz isso e não vou fazer. O delegado não está lá para fazer as coisas que eu quero”.
Durante a entrevista, ele foi questionando sobre a indicação de um futuro procurador-geral da República (PGR). O petista disse que valoriza a atuação do Ministério Público e a Polícia Federal, mas não prometeu respeitar a lista tríplice de indicação para escolher do PGR. Em seus governos, Lula indicou o primeiro colocado na lista tríplice formada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
No atual governo, a escolha feita por Bolsonaro também foi fora da lista. Lembrando que o presidente não é obrigado por lei a indicar nome com base nos nomes indicados pela associação.
Lula negou interferência na PF. Ele citou que tomou conhecimento de uma operação relacionada a seu irmão, mas não teria feito nada para impedir em 2005. “Porque as instituições que garantam o funcionamento da democracia têm que ser forte.”
Considerado o seu ponto, Lula tentou ser firme nas respostas envolvendo os atos de corrupção apontados em seus governo. Ele também destacou a presença do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice na sua chapa.
E, por fim, admitiu erros no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nesta sexta-feira, 26, entrevistada no Jornal Nacional será Simone Tebet (MDB).