Uma grande quantidade de lixo está na superfície da Represa Municipal desde o início desta semana. O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) afirmou que a sujeira foi arrastada pela a chuva até o cartão postal da cidade. Barreiras foram instaladas para evitar que os detritos cheguem até o rio Preto.
“As fortes chuvas que caíram nos últimos dias arrastaram muita sujeira para a Represa Municipal de Rio Preto. A remoção do material flutuante é feita por um trator aquático com pá carregadeira frontal. O lixo é destinado para o aterro sanitário. Em média, são retiradas 40 toneladas de lixo por mês”, afirmou a autarquia em nota.
O fotófrago Toninho Cury fez uma imagem que considerou “forte para os rio-pretenses”. “Está aí, nosso principal ‘cartão postal’ com muito lixo preso no filtro biológico. Devido as fortes chuvas da noite de ontem, todo lixo jogado na região que circunda o parque da represa, ficou retido no filtro. A maior parte dos detritos, vem do córrego Aterradinho, mais conhecido por córrego da Murchid Homsi, que desemboca na represa. Um desrespeito total ao meio ambiente”, escreveu Cury nas redes sociais.
A Defesa Civil estadual emitiu alerta sobre a possibilidade de chover até o próximo final de semana na cidade. Esse período chuvoso levou os técnicos do Semae a descartarem neste ano o racionamento de água.
“Em 2022, choveu praticamente o dobro do ano passado. Isso permite que a autarquia elimine a possibilidade de racionamento este ano”, afirmou Fábio Furlan, diretor do Departamento de Sistema de Água, em nota.
De acordo com o Semae, neste ano, até o momento choveu um total de 840 milímetros. No ano passado, no mesmo período choveu 454 milímetros. No mês de setembro, choveu 97 milímetros, oito vezes a mais que em setembro de 2021, quando choveu 11,8 mm. “Essa quantidade permite que o abastecimento seja garantido e a ETA – Palácio das Águas trabalhe dentro da normalidade”, disse Furlan.
Os técnicos constataram ainda que houve queda no consumo de água por parte dos moradores de Rio Preto. Este ano, o consumo foi 4% menor que em 2021, o que significa que foram economizados 98.000.000 de litros de água. “A população compreendeu o momento e economizou no período de estiagem. Todos estão conscientes da necessidade de fazer o uso racional da água, para evitar escassez”, afirmou Nicanor Batista, superintendente do Semae.