Conhecido como “Paraíba”, G.E.L confessou que matou o médico J.R.L.R, de 68 anos, após desentendimento ocorrido na chácara da vítima em Uchoa. Ele prestou depoimento à Polícia Civil de Dourados, no Mato Grosso do Sul, após se envolver em um acidente de trânsito nesta sexta-feira, 25. A pedido da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), o acusado teve expedido a prisão temporária pela prática do crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Ele é suspeito de matar o médico com golpes de martelo na cabeça, tendo em seguida fugido com a caminhonete da vítima e um notebook.
“O fato foi registrado pela Delegacia de Polícia de Cedral, tendo sido tomado as providências preliminares pela equipe de plantão daquela Unidade, com os primeiros levantamentos feitos também pela Delegacia de Uchoa. Cientes do ocorrido, a equipe desta 1ª DIG/DEIC/DEINTER 5 iniciou, também, apurações, principalmente porque havia notícias que uma pessoa de alcunha ‘Paraíba’, poderia ter envolvimento no crime”, consta em nota emitida pela Polícia Civil.
De acordo com a investigação, logo após o crime, a caminhonete roubada deslocou-se para o Estado do Mato Grosso do Sul, de modo que foram feitos contatos naquele Estado. “Na data de ontem, após um acidente de trânsito ocorrido na cidade de Dourados/MS, a caminhonete subtraída foi abordada por policiais militares, identificando-se que era conduzida por G.E.L., 45 anos. Ante o bloqueio que já constava no cadastro do veículo, a Delegacia de Polícia de Dourados entrou em contato com essa DEIC/São José do Rio Preto, tendo havido troca de informações sobre o caso”, consta em nota.
Segundo a nota, G.E.L. foi inquirido naquela delegacia sobre o latrocínio cometido em Uchoa, “confessando tê-lo praticado, dizendo que matou a vítima em razão de um desentendimento, e, na sequência, subtraiu a caminhonete e cartões bancários da vítima, dirigindo-se até o Estado do Mato Grosso do Sul, onde pretendia vender o veículo e esconder-se em alguma fazenda”.
“Pela Delegacia de Polícia de Dourados foram realizados os procedimentos de polícia judiciária atinentes ao acidente de trânsito ocorrido naquela cidade, enquanto pela equipe desta 1ª DIG/DEIC foi feita a representação pela prisão temporária do investigado, sendo o pedido apresentado junto ao plantão judiciário de São José do Rio Preto. A representação foi acolhida, sendo decretada a prisão temporária de G.E.L. por 30 (trinta) dias, ficando, no momento recolhido junto à unidade prisional do Mato Grosso do Sul, aguardando sua remoção para São José do Rio Preto/SP”, consta na nota.
As apurações prosseguem pela 1ª DIG/DEIC, visando a colheita de outras provas, estando o delito tipificado como latrocínio, com pena de 20 a 30 anos de prisão.