Funfarme nega denúncias de múltiplos casos de abuso no HCM e anuncia medidas contra canal que divulgou informações falsas

Rodrigo Lima
Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto — Referência regional no atendimento pediátrico e materno-infantil, o HCM integra o complexo da Funfarme e atua há mais de 12 anos com foco em humanização, acolhimento e ações de prevenção à violência contra crianças e adolescentes/imagem – divulgação

A Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), mantenedora do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto, divulgou nesta terça-feira (20) nota oficial em que repudia publicações feitas por um canal de rede social que, segundo a instituição, dissemina acusações falsas de múltiplos casos de abuso sexual contra pacientes na unidade hospitalar.

De acordo com a Funfarme, as alegações veiculadas por meio do Instagram são inverídicas e têm caráter difamatório, prejudicando a imagem da fundação e do complexo hospitalar, reconhecido regionalmente como referência em atendimento pediátrico e materno-infantil. A entidade afirma que “rechaça veementemente qualquer forma de violência” e que não há registros ou comprovações de ocorrência múltipla de abusos dentro do hospital.

A fundação confirmou que houve um único episódio recente, no qual um colaborador do HCM foi demitido por justa causa após denúncia de abuso contra uma paciente. Assim que tomou conhecimento do fato, a instituição afirma ter apurado internamente e, diante da constatação de indícios de veracidade, comunicou as autoridades competentes e cumpriu todos os protocolos legais previstos. A identidade do colaborador e os detalhes do caso não foram divulgados, pois a investigação segue sob responsabilidade dos órgãos públicos.

A Justiça de São José do Rio Preto recebeu uma denúncia de abuso sexual supostamente cometido por um fisioterapeuta contra uma criança nas dependências do Hospital da Criança e Maternidade (HCM). O caso envolve imagens de câmeras de segurança e relatos da família da vítima.

A denúncia foi formalizada com base no depoimento dos familiares e em gravações do sistema de monitoramento do hospital. Após ter conhecimento do caso, a direção do HCM comunicou a Justiça. O fisioterapeuta denunciado foi encontrado morto na segunda-feira (12). A principal linha de investigação aponta para um caso de suicídio.

Ainda segundo a nota, o HCM prestou acolhimento à criança e aos responsáveis legais, oferecendo suporte psicológico e acompanhamento por sua equipe multidisciplinar no dia do ocorrido e nos dias seguintes.

A Funfarme reforçou o papel do hospital no atendimento a vítimas de violência sexual e física por meio do Projeto Acolher, desenvolvido ao longo dos 12 anos de funcionamento do HCM. A iniciativa oferece apoio médico, psicológico, jurídico e social a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, atendendo casos oriundos de São José do Rio Preto e dos 101 municípios sob a jurisdição do Departamento Regional de Saúde (DRS 15).

A fundação informou ainda que tomará medidas legais contra o canal que publicou as denúncias, por considerar que o conteúdo foi veiculado sem que a instituição tivesse sido procurada para prestar esclarecimentos prévios. As providências adotadas envolvem ações jurídicas contra os responsáveis pelas postagens, que, segundo a Funfarme, atingem a honra e a reputação de um serviço público de saúde com histórico de atendimento humanizado e especializado.

Procurada, a assessoria de imprensa da Funfarme afirmou que não comentará mais detalhes do caso, pois o conteúdo da nota oficial reflete a posição institucional e o caso está em investigação por órgãos competentes. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o andamento das apurações.

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