Fêmeas de macaco-prego recuperadas são devolvidas à natureza

Rodrigo Lima
Animais estão entre os resgatados com sinais de intoxicação pela Polícia Ambiental e acolhidos e tratados no Zoológico/imagem – Ivan Feitosa/Prf. Rio Preto

Duas fêmeas de macaco-prego foram devolvidas à natureza pela equipe técnica do Zoológico Municipal de Rio Preto e a Polícia Ambiental nesta segunda-feira, 29. Os animais tinha sido levadas para o Zoológico após ser resgatados com sinais de intoxicação, na área conhecida como Mata dos Macacos, localizada na área rural da cidade. No início do mês, um filhote também foi encontrado, mas ele não sobreviveu.

Outra macaca, que também teria sido alvo da conduta criminosa, segue em tratamento, já que é tratada com uma fratura de fêmur. Seu estado de saúde é considerado “estável”.

O veterinário chefe do Zoológico, Guilherme Guerra Neto, afirmou que as macaquinhas sobreviventes foram tratadas com protocolo para intoxicação e responderam muito bem aos cuidados. “Ainda sem saber qual princípio ativo causou mal aos animais, a suspeita de intoxicação proposital é muito forte. Como consequência das agressões sofridas e da possível intoxicação, as macacas ficaram fracas, anêmicas e desidratadas. Fizemos o acompanhamento com exames regulares, até que elas estivessem prontas para voltar à vida livre”, afirmou em nota.

O veterinário do Zoológico, Benhard Von Shimonsky, que também atua no atendimento aos animais, acrescentou: “As duas macacas que foram soltas após o tratamento da intoxicação receberam medicamentos para melhorar a condição física, como vitaminas e outros suplementos. Foram realizados diversos exames de sangue para monitorar o resultado desse tratamento até que se decidisse pela reintrodução à natureza”, consta também em nota.

Para Guilherme, reintegrar esses animais à natureza é muito gratificante. “Assim que foram soltas, logo subiram nas árvores e reconheceram seu habitat. É um trabalho conjunto importante entre a Polícia Ambiental e a Prefeitura por meio do Centro de Zoonoses e Zoológico Municipal. Seguimos reforçando a informação junto à população de que a nova varíola não tem registro de transmissão de macacos para humanos e sim entre humanos”, afirmou por meio de nota da Secretaria de Comunicação.

Outros casos

O Zoológico Municipal recebeu quatro saguis-de-tufos-pretos com sinais de intoxicação, provenientes do Parque Ecológico Sul, dois no dia 3 e dois no dia 4 deste mês. Nenhum deles resistiu. “Outros três saguis chegaram no dia 8, sem sinais de intoxicação, mas com ferimentos decorrentes de agressões. Esses macacos também não resistiram”, consta na nota.

Referência

O Zoológico Municipal é referência na conservação de espécies brasileiras, incluindo o atendimento a animais silvestres vítimas de ações humanas, como queimadas, atropelamentos e tráfico, resgatados pela Polícia Ambiental, Ibama e Corpo de Bombeiros. No local, eles recebem tratamento e, quando possível, são devolvidos à natureza. Grande parte do plantel da instituição é formada por animais recuperados.

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