Diretora denuncia à polícia alunos por apologia ao nazismo em escola de Rio Preto

Rodrigo Lima
Escola tomou conhecimento dos fatos em grupo de WhatsApp de alunos / imagem – reprodução

A Polícia Militar identificou um adolescente com dois canivetes na escola estadual José Felícia Miziara, no bairro Chácara Municipal, em Rio Preto nesta segunda-feira,16. Segundo o boletim de ocorrência, a diretora do colégio fez a denúncia de que alunos estariam com os canivetes.

Ela relatou ainda que “havia a informação de que alunos teriam postado em um grupo de WhatsApp fotos de armas de fogo e mensagens de conteúdo nazista e de ameaças no sentido de invadir a escola. “Na mesma oportunidade, também, foram apresentados aos policiais militares um caderno de anotações que estava na posse de M. contendo a planta baixa da escola, várias anotações de como invadir ambientes, prática de suicídio, bem como planos de como invadir os cômodos da escola e fazer pessoas de refém, além de dois canivetes, sendo um de aço inox e outro com cabo de madeira, os quais foram encontrados no interior da mochila de M”, consta em trecho da ocorrência.

Os pais do adolescente foram chamados e os policiais foram até a casa deles, sendo que na casa de M. encontraram uma carabina de pressão, vários canivetes, alguns deles com bainhas.

A vice-diretora da escola Miziara, afirmou que na data de 2 de agosto houve uma invasão na escola na qual trabalha, “sendo que um adolescente se apresentou como sendo aluno novo e, sendo assim, permaneceu no interior da escola pela manhã”. O fato fooi registrado em boletim de ocorrência.

“Já na data de hoje (ontem) foi procurada por uma aluna, dizendo que fazia parte de um grupo de WhatsApp, composto de vários adolescentes, sendo alguns alunos do Miziara e outros de escolas diversas e que, no mencionado grupo, os alunos, M.e P., afirmavam ser nazistas e pregavam a morte aos judeus, também no mesmo grupo, havia conversas sobre os massacres ocorridos em escolas e que os membros do grupo debatiam sobre qual deles o ‘melhor'”, consta em trecho do boletim de ocorrência.

A aluna apresentou “prints” de conversas do grupo o que preocupou muito a vice-diretora que foi procurar saber se os dois alunos estavam na escola naquele momento decidiu acionar a Polícia Militar. Não houve tumulto ou ameaças na escola.

Na delegacia, o porte de canivete configura contravenção penal. “Quanto ao teor das anotações e demais integrantes do grupo de WhatsApp que prega a morte à judeus caberá investigação para individualizar a conduta de cada adolescente com relação ao ato infracional correlato ao crime do artigo 20 da Lei 7.716/89. À luz do exposto, determino a lavratura do respectivo registro de ocorrência e demais medidas correlatas, liberando os adolescentes para seus respectivos representantes legais com o termo de compromisso devidamente assinado em homenagem aos artigos 173 e 174 do ECA”, determinou o delegado de plantão ao determinar que o Ministério Público fosse comunicado dos fatos.

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