
O líder do governo na Câmara, vereador Alexandre Montenegro (PL), foi o responsável por organizar um almoço estratégico que reuniu 17 dos 23 vereadores de Rio Preto nesta quinta-feira, 3, no tradicional restaurante e pizzaria San Remo, na região central de Rio Preto. O encontro serviu para consolidar sua posição à frente da base governista e reafirmar seu papel como principal articulador do prefeito Coronel Fábio Candido (PL) no Legislativo.
Montenegro, que assumiu a liderança do governo na última terça-feira, 1º de abril, promoveu a reunião como uma oportunidade para fortalecer os laços entre os parlamentares aliados e definir estratégias para as próximas sessões da Câmara. Além do próprio vereador, participaram do almoço todos os integrantes da bancada do PL: o presidente da Câmara, Luciano Julião, Eduardo Tedeschi, Felipe Alcalá e Márcia Caldas.
Também marcaram presença Celso Peixão (MDB), Rossini Diniz (MDB), Pedro Roberto (Republicanos), Francisco Júnior (União Brasil), Alex Carvalho (PSB), Bruno Marinho (PRD), Bruno Moura (PRD), Jonathan Santos (Republicanos), Jorge Menezes (PSD), Julio Donizete (PSD), Irineu Tadeu (União Brasil) e Anderson Branco (Novo) – que se sentou ao lado do prefeito. O supersecretário Rodrigo Carmona, figura de confiança do prefeito e responsável pelo Gabinete e pelo Semae, também se sentou à mesa.
Apesar do caráter descontraído do encontro, a movimentação política nos bastidores deixou claro que o objetivo central foi reforçar o protagonismo de Montenegro dentro da base aliada. Coronel Fábio Candido fez questão de demonstrar publicamente sua confiança no vereador, enviando um recado direto sobre a importância de seu novo líder na condução dos trabalhos na Casa.
Entre os ausentes, destacam-se Paulo Pauléra (PP), Abner Tofanelli (PSB), João Paulo Rillo (Psol), Odélio Chaves (Podemos), Renato Pupo (Avante) e Jean Dornelas (MDB), que declinaram do convite ou não foram chamados para participar do evento.
O gesto de Montenegro ocorre após um embate nos bastidores da sessão de terça-feira, quando a base do governo rachou em uma votação apertada sobre regras de estacionamento. O líder do governo conseguiu impor sua posição com apenas dois votos de diferença, contrariando interesses do vice-prefeito Fábio Marcondes. A tensão gerada levou a uma conversa ríspida entre os dois por telefone, na qual, segundo fontes, Montenegro acusou Marcondes de tentar sabotá-lo.
Se o clima no plenário foi de embate, no San Remo a estratégia foi descomprimir e reforçar o alinhamento entre os aliados do governo. A presença de Anderson Branco, que vinha adotando um tom mais moderado em relação ao Executivo, foi interpretada como um sinal de maior aproximação. Já a ausência de Pauléra, aliado de Marcondes, confirmou a divisão existente dentro da base governista.