Bolsonaro diz que aceita resultado das eleições desde que sejam ‘limpas e transparente’

Rodrigo Lima
Presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado no Jornal Nacional – imagem/ reprodução

O presidente Jair Bolsonaro participou de entrevista no Jornal Nacional nesta segunda-feira, 22. Ele começou a entrevista afirmando que se aproximou do presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e disse que a situação está “pacificada”. “Vamos ter eleições limpas e transparentes neste ano”, afirmou Bolsonaro. Clique aqui para assistir a entrevista.

Bolsonaro disse que vai respeitar o resultado das eleições “desde que sejam limpas e transparentes”.  O apresentador William Bonner afirmou que o presidente teria assumido compromisso de aceitar o resultado das urnas diante de milhões de eleitores brasileiros.

Em relação à pandemia, o presidente disse que não passou de uma brincadeira quando ele disse que quem tomasse vacina viraria um jacaré. Bolsonaro negou que pessoas tenham morrido  em Manaus pela falta de oxigênio. “Menos de 48 horas começaram a chegar os cilindros de oxigênio. Nós fizemos a nossa parte”, afirmou o presidente.

A apresentadora Renata Vasconcellos questionou se faltou “compaixão” de Bolsonaro ao imitar pessoas com falta de ar. O presidente disse que criou o auxílio emergencial para evitar o caos no país, além do envio do envio de recursos para prefeitos e governadores no período da pandemia.  “Lamento as mortes. Não poderia ser tratada a Covid, como começou a ser tratada”, disse Bolsonaro.

Economia 

Bonner questionou Bolsonaro sobre promessas eleitores na economia em 2018, que envolvia inflação baixa, dólar menor e juros baixos. “As promessas foram frustradas pela pandemia, por uma seca enorme e o conflito entre a Ucrânia e a Rússia”, afirmou Bolsonaro. Ele defendeu ainda que está havendo deflação e a queda na taxa de desemprego.

Bolsonaro defendeu medidas adotadas no seu governo.

Meio Ambiente 

O presidente foi questionado sobre o desmatamento na Amazônia. “Eu tentei nos primeiros dois anos de mandato fazer a regularização fundiária”, afirmou Bolsonaro ao mencionar incêndios na França e na Califórnia, nos Estados Unidos.

Diante dos números apresentados por Renato, que indicam o aumento do desmatamento. Bolsonaro disse que há abuso por parte do Ibama em relação a fiscalização. “Minha orientação é cumprir a lei”, disse o presidente em relação a destruição de equipamentos usados por aqueles que exploram a destruição da floresta.

Bolsonaro afirmou ainda que não é “destruidor de floresta”. Ele apresentou projetos de energia que serão conhecidos em todo o mundo. “O Brasil não merece ser atacado dessa forma”, disse o presidente ao defender o agronegócio do país.

Política

Bonner questionou sobre o fato de partidos do Centrão participarem do governo. “Você está me estimulando a ser ditador”, afirmou Bolsonaro ao alegar que precisa do apoio de deputados que garantem a governabilidade. “Os partidos de centro fazem parte do governo para podermos avançarmos nas reformas disse”.

De acordo com Bolsonaro, partidos de esquerda não têm diálogo com o governo. O presidente disse que o PT votou contra propostas do governo. Bonner rebateu a questão do ditador: “eu não estimulei nada”.

O presidente disse que o “Centrão” é citado de forma pejorativa. Bolsonaro disse que não aceitou pressão para indicar cargos, o que contribuiu para evitar atos de corrupção. “Estamos governando sem corrupção”, disse.

Renata questionou então sobre o caso da suposta corrupção no Ministério da Educação. Bolsonaro disse que foi a sua gestão que começou a investigar possíveis pedidos de propinas feitos por pastores ligados ao ex-ministro Milton Ribeiro.

“O ideal era não ter rotatividade nenhuma”, afirmou Bolsonaro. Bonner rebateu ao citar um possível escândalo de corrupção: “que escândalo Bonner?”, questionou o presidente.

Interferência 

Bonner questionou suposta interferência na Polícia Federal. Bolsonaro citou o ex-juiz Sergio Moro, que é candidato ao Senado no Paraná. “Ninguém comanda a PF dessa forma que você está falando”, disse o presidente.

Bolsonaro disse que não tem interferência na PF. O presidente disse que tem briga salarial.

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