A manhã deste domingo (3) foi marcada por um protesto na Avenida Alberto Andaló, em São José do Rio Preto, que reuniu cerca de duas mil pessoas em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ato integrou a mobilização nacional batizada de “Reaja, Brasil”, que ocorre em diversas cidades do País.
A manifestação, organizada por apoiadores da direita local, incluiu bandeiras do Brasil, cartazes pedindo “Fora Lula” e palavras de ordem contra o Supremo. A Polícia Militar acompanhou o ato, que foi pacífico e tomou uma das principais avenidas da cidade com buzinaços e caminhões de som.
Vice-prefeito Fábio Marcondes discursa no ato
O vice-prefeito de Rio Preto, Fábio Marcondes (PL), participou do protesto e subiu no trio elétrico para discursar aos manifestantes. Em entrevista, ele afirmou que a manifestação foi um recado político que começou pelo município:
“A importância de nós começarmos pelo município essa reação. O coronel Fábio [Cândido, prefeito] está nos representando em São Paulo para mostrar que São José do Rio Preto está junto com o país. E nós ficamos aqui nessa manifestação linda, maravilhosa, pacífica e com objetivo”, disse.
Durante sua fala, Marcondes reforçou o tom crítico ao governo federal e ao STF:
“Fora Lula, fora Alexandre de Moraes, e vou mais além: fora (Geraldo) Alckmin. Nós vamos juntos mudar essa história. Rio Preto deu um sinal do que é a direita, do que é a união da nossa cidade”, afirmou o vice-prefeito, que também agradeceu o apoio de Eduardo Bolsonaro, a quem chamou de “defensor do país”.
O político também fez críticas a vereadores que, segundo ele, foram eleitos com apoio da direita, mas hoje se aproximaram da esquerda:
“A maior punição para eles é não poder andar no meio dessa turma de seriedade, da direita. Enquanto ficarem só digitando no Instagram e no WhatsApp, a população está na rua mostrando coragem”, afirmou.
Contexto nacional e manifestações pelo Brasil
Os atos deste domingo fazem parte de uma mobilização nacional organizada pelo pastor Silas Malafaia, com a principal concentração na Avenida Paulista, em São Paulo, marcada para 14h. O movimento ocorre em meio à aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, sancionada pelos Estados Unidos após pressão de aliados de Bolsonaro, que afirmam haver perseguição política e censura no Brasil.
O ex-presidente Bolsonaro não pôde participar presencialmente dos atos devido às medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem recolhimento domiciliar nos finais de semana desde 18 de julho. Para compensar a ausência, familiares dele se dividiram em atos pelo país:
Michelle Bolsonaro (PL) esteve em Belém;
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) participou do ato em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Esta foi a primeira grande manifestação pró-Bolsonaro após o anúncio das sanções comerciais dos Estados Unidos ao Brasil e o aumento das tensões políticas entre governo federal e aliados do ex-presidente.
Rio Preto e a mobilização local
Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 2 mil pessoas participaram do ato na Avenida Andaló, que ocupou uma faixa da via durante toda a manhã. Organizadores estimaram número maior, de até 3 mil pessoas, citando o fluxo contínuo de apoiadores ao longo da manifestação.
Com cartazes, faixas e buzinaços, os manifestantes reforçaram a pauta nacional de apoio ao ex-presidente e críticas ao STF. O ato terminou sem registros de incidentes.