A Polícia Civil de Rio Preto com o apoio do Grupo de Operações Especiais de Santo André cumpriu três mandados de prisões e quatro de buscas em uma ação de combate ao esquema de sites falsos de leilões de veículos nesta quinta-feira, 22. Três suspeitos foram presos na cidade do ABC paulista durante a Operação ‘Falso Leilão’ realizada nesta manhã.
Os suspeitos utilizavam sites falsos de leilão de veículos para atrair as vítimas e, após o cadastro e participação das vítimas em um leilão dissimulado, elas eram induzidas a efetuar o pagamento do valor referente ao veículo “arrematado”, com a transferência dos valores para integrantes do grupo. Após o pagamento, quando as vítimas se deslocavam para o suposto pátio da “leiloeira” para retirar o veículo, ela se dava conta de que o pátio não existia ou que o leilão era falso.
“Como agem os sites falsos de leilões? O grupo cria um site falso de leilão de veículos, muitas vezes clonando sites de leiloeiras verdadeiras ou utilizando sites com referência a órgãos públicos (Detran, Tribunais de Justiça, Receita Federal, etc.). Esses sites criados reproduzem as mesmas funcionalidades dos sites verdadeiros, com informações de ‘lotes’ (veículos a serem arrematados) e “leilões” ocorrendo em tempo real com possibilidade de realização de lances, inclusive com informações de SAC e contato (números que são direcionados aos suspeitos)”, consta em nota.
De acordo com a investigação, as possíveis vítimas são atraídas a estes sites falsos em razão do oferecimento de veículos abaixo do preço de mercado; a partir disso, as vítimas são chamadas a efetuar um cadastro nos sites de leilão falso com o fornecimento dos seus dados completos (nome, nº de documentos endereços e inclusive foto da CNH e selfie) a fim de possibilitar a participação no “leilão”.
Posteriormente, ao participar do “leilão” de algum lote (veículo), as vítimas conseguem facilmente saírem vencedoras, a partir de então, os suspeitos iniciam através de chamadas telefônicas e troca de mensagem via WhatsApp diálogo com as vítimas a fim de induzirem a efetuar a transferência do valor correspondente ao “lote arrematado”.
“A vítima recebe o ‘termo de arremate’ (documento falso) e dados do “lote” (veículo arrematado), acreditando que de fato participou de um leilão verdadeiro, em razão dos artifícios empregados, efetua o pagamento do valor do “lote arrematado” mediante transferência PIX ou TED para a conta de um beneficiário do golpe, podendo ser uma pessoa física ou jurídica”, consta na nota.
Após a vítima procurar o pátio do leilão para a retirada do lote que acreditou ter arrematado ou quando lhe são solicitadas novas quantias para “liberar” o suposto veículo “arrematado”, o qual de fato não existe, é que ela se dá conta que caiu em um golpe.