O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB) participou nesta terça-feira, 9, do desfile cívico-militar em celebração aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A cerimônia foi realizada no Parque do Ibirapuera, na capital, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, em homenagem à luta dos paulistas pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.
Em homenagem aos soldados mortos foi erguido em Rio Preto o monumento do Soldado Constitucionalista, feita pelo escultor campineiro Hélio Coluccini. Inicialmente instalada em frente ao cemitério da Ercília em 1937, a estátua depois foi transferida em 1968 para a praça Rio Branco, em frente ao Fórum.
Diversas autoridades participaram da solenidade, como o comandante da Polícia Militar na região de Rio Preto, coronel Márcio Cortez, o diretor do Deinter-5, José Luiz Ramos Cavalcanti, a diretora do Fórum, juíza Luciana Cochito, além dos deputados estaduais Danilo Campetti (Republicanos), Itamar Borges (MDB) e Valdomiro Lopes (PSB). Os dois últimos são pré-candidatos a prefeito na eleição deste ano, como o coronel Fabio Candido, que também participou da solenidade.
Campetti, que recentemente assumiu a cadeira de deputado, teve sua presença ignorada pelo cerimonial do CPI-5. Somente o coronel Cortez citou a presença do parlamentar do Republicanos durante o seu discurso. O deputado afirmou que não foi convidado para participar do evento e estava no local para acompanhar o filho e sobrinhos que participaram do desfile. Campetti participou do Podcast Diário do Rodrigo Lima – clique aqui para assistir a entrevista.
Antes do desfile, foram outorga medalhadas a civis e militares homenageados por serviços prestados à comunidade.
Além de diferentes grupamentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, o desfile reuniu integrantes do Tiro de Guerra e outras entidades.
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História
Em São Paulo, a cerimônia é organizada anualmente pela Polícia Militar no feriado estadual de 9 de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O local abriga os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados em 23 de maio de 1932 por tropas federais durante uma manifestação a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte e o restabelecimento da democracia.
A morte dos quatro jovens deu início à mobilização que culminou com o levante iniciado em 9 de julho de 1932, quando combatentes constitucionalistas iniciaram a defesa de São Paulo contra o avanço das tropas federais. O maior conflito do século 20 no Brasil reuniu civis e militares paulistas em combates armados contra as forças getulistas, com apoio maciço da população de São Paulo.
No dia 2 de outubro de 1932, o confronto na capital e no interior terminou com a rendição das tropas paulistas, mas se tornou símbolo da resistência de São Paulo em defesa da Constituição e da democracia. A Revolução Constitucionalista levou Getúlio Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte e reabrir o Congresso, com eleições gerais em 1934.