Veja o que disseram Julião e Rillo na polícia após confusão na Câmara de Rio Preto; assista os vídeos

Rodrigo Lima
Luciano Julião, presidente da Câmara de Rio Preto, em frente a Central de Flagrantes/imagem – Rodrigo Lima 11/3/2025

O presidente da Câmara de Rio Preto, vereador Luciano Julião (PL), e o vereador João Paulo Rillo (PSOL) registraram boletim de ocorrência por suposta ameaça na Central de Flagrantes na terça-feira, 11. O primeiro registro foi feito por Rillo.

De acordo com as informações prestadas por Rillo, ele estava na garagem do Legislativo quando “sentiu a presença de uma pessoa logo atrás de si, seguindo-o”. “E que ao aproximar-se de seu veículo, o vereador Luciano Julião, alcançou-o, e muito irritado e nervoso, apontou o dedo indicador em riste na face da vítima, e proferiu-lhe que não vou admitir que me chame de ‘moleque’ na tribuna”, consta na ocorrência.

Rillo afirmou que, em resposta, manifestou o seguinte: “por que você não falou lá na sessão? Você vem aqui me intimidar?”. O parlamentar do PSOL disse que os vereadores Alexandre Montenegro (PL) e Márcia Caldas (PL) e duas assessoras presenciaram as ameaças que teria sido feitas por Julião.

“Diante dos fatos, em razão que em seu exercício de vereança, e em atividade na sessão da Câmara de Vereadores por força de Lei, possui imunidade parlamentar, e que diante da intimidação em seu desfavor provocada pelo autor,teme por sua integridade física de algum mal injusto proveniente do autor (Julião)”, consta em trecho do registro policial.

Como o local possui câmera de segurança, Rillo indica que as imagens podem comprovar a sua versão.

O presidente da Casa também esteve na Central de Flagrantes para apresentar a sua versão dos fatos. Ele afirmou que Rillo lhe pediu para apresentar um projeto de lei sobre a mudança do horário da sessão, que acabou rejeitado pela maioria dos parlamentares.

“O projeto fora colocado em votação, contudo, não fora aprovado pelos vereadores. E na tribuna, o vereador João Paulo Rillo manifestou que o vereador presidente da Câmara deveria ter ‘costurado’ com os vereadores (entrar em acordo com os demais parlamentares) para aprovar o projeto, e na sequência, proferiu-lhe, que você não é homem, não tem palavra, é fraco, que é só um laranja e que o Presidente da Câmara de verdade é o vereador Pauléra, e que o negócio de vocês é só rachadinha e que são homens de dinheiro, e que o interesse de vocês é só ganhar dinheiro” (fato este que está registrado em mídia áudio vídeo)”, afirmou Julião na Central de Flagrantes.

De acordo com o presidente da Câmara, Pauléra saiu em sua defesa e afirmou o seguinte:  “o vereador Luciano Julião é homem sim, e como prometido, o projeto de interesse de João Paulo Rillo fora apresentado para votação, porém, não fora aprovado pelos vereadores”.

Encerrada a sessão da Câmara, Julião, admitiu que se dirigiu para a garagem do Legislativo para o seu carro, acompanhado de seu filho, e de dois assessores. “E ao chegar na garagem, encontrou-se com o vereador Odélio Chaves, que estava no interior de seu veículo, e chamou-o, e nisso, declarou-lhe, que: ‘peço desculpas pelas ofensas que João Paulo Rillo, pois ele ofende as pessoas no pessoal, extrapola os limites”.

Ainda de acordo com Julião, em seguida, chegou o vereador Professor Tadeu junto com o advogado Tiago, do setor Jurídico da Casa, e em conversa, ele manifestou, que: “não esquenta, não liga com o que ele falou, fica em paz”. “E também o vereador Alexandre Montenegro, compareceu ao local, e relatou-lhe, que: “não ligue com o que ele falou, fica em paz”.

E nesse momento, João Paulo Rillo passou próximo, a aproximadamente 10 metros de distância, e conversou com a vereadora Márcia Caldas, e nisso, Julião, aguardou Rillo terminar a conversa com a vereadora. “E quando, ele caminhava em direção de seu veículo, Luciano Julião dirigiu-se em direção de Rillo, e proferiu-the, que: “deixa te pedir um negócio, na Tribuna e ou lá no Legislativo, você pode me criticar, que você é fraco, tem projeto ruim, e não sabe votar, mas quero te pedir uma coisa, nunca mais me chame de moleque e de ladrão, porque meu pai, minha mãe meu filho sempre assistem às sessões da Câmara, o não quero que eles vejam esses ataques seu, na próxima vez você vai ter que provar essas coisas que você disse”.

De acordo com o presidente da Casa, nesse instante Montenegro pegou Julião pela cintura e solicitou-lhe: “vereador vamos para lá, momento em que Rillo, em voz alta pronunciou: “você está me coagindo, está querendo me intimidar?”

Montenegro, então, dirigiu-se em direção de Rillo e pediu para parar com isso, e levou-lhe em direção dos gabinetes.

O presidente da Câmara afirmou que Rillo disse que registraria  um boletim de ocorrência e o teria xingado: “seu vagabundo, safado, bandido e ladrão”.

“E em ato contínuo, Alexandre Montenegro conseguiu retirar Rillo do local, levando-o para o gabinete dos vereadores. Destaca-se que o advogado Tiago, vereadores Professor Tadeu, Montenegro, Bruno, e Márcia Caldas presenciaram os fatos”, consta no registro policial.

Julião disse que “não alterou o tom de voz ou mesmo levantou a mão, em sentido de intimidá-lo, e não teve nenhum contato corporal com Rilio”.

Rillo e Julião foram orientados sobre o prazo para representação de queixa-crime.

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