O Governo de São Paulo formalizou nesta quarta-feira, 12, a concessão de 600 quilômetros de rodovias do Lote Noroeste. Com o contrato assinado, o grupo EcoRodovias assume a operação da malha a partir do dia 1º de maio. Estão previstos investimentos de R$ 13,9 bilhões no empreendimento, entre obras e operações ao longo dos 30 anos nas rodovias das regiões de Rio Preto, Araraquara, São Carlos e Barretos.
“Nós temos que celebrar os investimentos que são feitos no Estado de São Paulo. São bilhões de reais que farão a diferença para o usuário. A parceria com o setor privado é fundamental, porque conseguimos trazer mais investimentos, com mais eficiência e em menos tempo”, destacou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O Lote Noroeste contempla cinco rodovias: SP-310 (Rodovia Washington Luís), SP-323 (Rodovia José Della Vechia/Orlando Chesini Ometto); SP-326 (Rodovia Brigadeiro Faria Lima – entre Bebedouro e Barretos); SP-333 (Rodovia Carlos Tonani, Nemésio Cadetti, Laurentino Mascari e Dr. Mário Gentil) e SP-351 (Rodovia Comendador Pedro Monteleone).
“A partir de hoje a Ecorodovias passa a ser responsável pela concessão da rodovia Washington Luis (SP-310), que corta a região de São José do Rio Preto e é uma das nossas lutas que passa a se tornar a realidade: construção da terceira faixa no trecho entre Cedral, Rio Preto e Mirassol”, escreveu o prefeito Edinho Araújo (MDB) nas redes sociais. “A 3ª faixa, entre os kms 425 e o 454+300 está prevista no novo contrato como prioritário e terá investimentos de mais de R$ 600 milhões somente em nossa região”.
Os aportes da concessionária serão aplicados em obras como a duplicação de pistas, construção de novas marginais e implantação de novas ciclovias e dispositivos. Nos cinco primeiros anos do contrato, deverão ser gerados até 26 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), não serão construídas novas praças de pedágio na rodovia que passa pela região de Rio Preto.
“Essa assinatura é mais um passo que damos na nossa política de concessões e que reforça a convicção do Governo de São Paulo nas parcerias com a iniciativa privada”, disse o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.
Tarifas mais baratas
Um dos benefícios que os motoristas que utilizarem as rodovias do Lote Noroeste será a redução média de 9% nas tarifas de pedágio cobradas atualmente. O valor dependerá do local de cada praça utilizada. Aqueles que utilizarem o pagamento automático com o uso de tags terão um desconto adicional de 5% sobre a tarifa.
Além disso, há outra novidade para o bolso dos motoristas. Será aplicado o Desconto de Usuário Frequente (DUF), que concederá redução nas tarifas para os usuários que mais utilizam a rodovia. Dependendo da praça de pedágio e da quantidade de vezes que o condutor passar pelo ponto de cobrança dentro do mesmo mês, o desconto pode chegar a 95%. O DUF estará disponível para quem utiliza o método de pagamento automático.
“Essa concessão trará investimentos importantes para modernização da malha viária com obras e uso de novas tecnologias que garantem mais segurança e agilidade ao tráfego. Outro benefício importante aos motoristas será a redução das tarifas de pedágio, principalmente para aqueles que utilizam as rodovias com mais frequência”, afirma o diretor-geral da Artesp, Milton Persoli.
Novas tecnologias
O Lote Noroeste de rodovias também investirá em novas tecnologias que visam trazer mais segurança, agilidade e conforto aos usuários, como o pagamento com cartão de crédito e débito por aproximação, já a partir de 1º de maio. Essa facilidade já existe em 91 praças de pedágio da malha concedida do Estado. Outra inovação que será implantada gradualmente (entre o segundo e o sétimo ano de contrato) é a implantação do Sistema Automático Livre – de cobrança 100% automática – que fará a eliminação gradual de todas as praças de pedágio que existem na malha e sua substituição por pórticos.
Obras e investimentos previstos
O investimento total de R$ 13,9 bilhões, sendo que R$ 5 bilhões deverão ser aplicados nos primeiros sete anos, prevê: 123 quilômetros de duplicação de pistas; 95 quilômetros de faixas adicionais; 75 quilômetros de ciclovias; 26 quilômetros de implantação/adequação de marginais; 37 dispositivos; 42 passarelas serão implantadas/adequadas; 17 bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU); três balanças fixas e três pontos de paradas de descanso serão implantadas/adequadas para caminhoneiros.
Atualizado às 19h15.