Uma testemunha informou à polícia que nesta manhã de terça-feira, 27, encontrou um corpo caído no quintal de sua casa, localizada na zona rural do distrito de Talhado, em Rio Preto. Na ligação, a testemunha narra um latrocínio, que a vítima teria dinheiro subtraído.
De imediato uma equipe da Delegacia de Homicídios foi até o local dos fatos. Apurou-se que a vítima sofreu golpes com as costas de uma enxada, o que aparentava ser a causa da morte violenta. Indagado, o morador da casa disse que conhecia a vítima, mas nada sabia dos fatos, e que dormiu tranquilamente na noite anterior, sendo surpreendido por ter encontrado o corpo no amanhecer.
A equipe passou a perguntar a testemunha sobre os fatos e essa deu várias versões desencontradas. Disse que no dia dormiu com ventilador ligado, o que pode ter atrapalhado sua percepção de som. Mesmo com o ventilador ligado, afirmou que colocou os cães para dentro, visto o frio que fazia lá fora.
“Embora tenha ligado à polícia, disse não saber como se telefona ao 190. Alegou que mexeu na enxada (que lhe pertencia) que seria o objeto utilizado para matar a vítima, já para justificar o encontro de suas impressões digitais na ferramenta. Comentou ainda que quem deu o golpe de enxada na vítima utilizou as costas da mesma, não a lâmina, para não estragar o corte. Além disso, ele perdeu seu telefone celular entre o corpo da vítima e sua casa”, consta em nota emitida pela Polícia Civil.
Os policiais civis então ouviram uma testemunha e descobriram que o morador teria a recebido em sua residência juntamente com a vítima. “Que houve uma pequena confraternização entre o trio, com consumo de bebidas alcoólicas. A vítima, ao permanecer só com seu algoz, teria sido golpeada”, consta em nota.
Ante os indícios de homicídio com a autoria do agora suspeito, o delegado de polícia que capitaneou as investigações, representou pela prisão temporária de A.F., que foi decretada. “Novamente indagado a respeito, negou a autoria do delito, sustentando sua inocência. Na última quinta-feira, dia 22, a autoridade policial protestou pela conversão da temporária em preventiva, que foi aceita pelo juízo que tramita o respectivo processo criminal. O homem foi encaminhado ao CDP local”, consta na nota emitida pela Delegacia de Homicídios.