Polícia Civil prende chefe de quadrilha de roubo de gado na região de Rio Preto

Rodrigo Lima
Homem estava foragido de 2021/imagem – divulgação

Investigadores da DIG de Rio Preto prenderam o líder de uma organização criminosa especializada no furto e roubo de gado, que agia em todo noroeste paulista. As investigações se iniciaram a partir de um roubo a propriedade rural na cidade de José Bonifácio. Durante os anos de 2020 e 2021 a DIG notou um acréscimo considerável na quantidade de roubos e furtos em sítios e fazendas, notadamente de gado.

Em algumas das ações, o bando, portando armas de fogo, rendia os moradores, causando terror às vítimas. Algumas delas, crianças que estavam com os pais. A Delegacia Especializada iniciou desde então uma série de diligências para identificar e prender os envolvidos bem como recuperar as reses roubadas.

Durante os trabalhos, a polícia prendeu, em 2021, 12 pessoas envolvidas e 150 cabeças foram recuperadas. Foram apreendidos sete caminhões e carretas utilizadas no transporte ilegal, além de dois carros utilizados pelos “olheiros”, que selecionavam as vítimas. À época, houve uma grande operação policial nas cidades paulistas de Guaiçara, Lins, José Bonifácio, Mirassol e Ouroeste.

“Ocorre que em uma organização criminosa como essa, com divisão de tarefas, método profissional de agir, há sempre um destinatário para tanto gado subtraído. Os policiais, ao aprofundar as investigações, suspeitaram que um pecuarista e empresário do setor de distribuição de carnes, seria o destinatário dos animais. Inclusive o conjunto probatório elencado apontou que ele seria o coautor de um assalto a uma propriedade rural de Borborema ao garantir aos executores desse delito a compra dos bovinos”, consta em nota.

Além disso, havia indícios que ele comprava gado por preço abaixo do mercado de outras vítimas, caracterizando em tese a receptação qualificada. Por fim, pela dinâmica dos fatos e conluio coordenando e reiterado com os demais indiciados, responde por participar de organização criminosa.

Ante as provas produzidas, a Delegacia Especializada de Investigação Criminais (Deic) representou pela prisão preventiva do empresário nas comarcas onde ocorreram os delitos que ele era coautor. A Justiça decretou duas prisões preventivas, porém por longa data e, por possuir recursos financeiros, o averiguado se manteve foragido. Desde então os policiais civis jamais deixaram de procurá-lo.

“Passados tantos meses e a ‘poeira baixando’, os policiais começaram a desconfiar que ele estava frequentando o sítio da família, na cidade de Mirassol. Através de investigações os policiais civis suspeitaram que ele poderia estar em uma das casas da propriedade rural”, consta na nota.

A DIG capitaneou uma operação que contou com todos seus policiais civis e apoio de outras subunidades da Deic: a Delegacia de Homicídios e o GOE. Houve cerco policial em todas casas e, após anunciar a diligência, o suspeito foi detido e preso. Ele foi encaminhado à Deic para as devidas providências.

“A prisão ocorrida nesta data encerra uma longa investigação, que como resultado, fez cair drasticamente os roubos e furtos de gado em nossa região”,

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