O Festival Nacional do Folclore (Fefol) de Olímpia, que comemora 60 anos em 2024, é um evento que reúne manifestações culturais de todo o Brasil. A secretária municipal de Turismo e Cultura, Raquel Crepaldi, falou sobre os preparativos do evento que acontece entre os dias 3 a 11 de agosto na cidade.
O festival é uma celebração rica em cultura e tradição. Comemorar 60 anos é um marco importante, que representa a dedicação da comunidade em preservar suas raízes folclóricas. Segundo Raquel, o evento reúne grupos folclóricos de diversas regiões do Brasil, proporcionando uma diversidade cultural incrível. Os visitantes poderão vivenciar danças, músicas e tradições que refletem a identidade brasileira.
Os preparativos para o festival deste ano estão a todo vapor, com uma equipe dedicada trabalhando arduamente. A expectativa é alta, pois é a comemoração do Jubileu de Diamante do Fefol.
De acordo com a secretária, a comunidade de Olímpia participa ativamente da organização do festival. Desde a prefeitura até associações locais, todos se unem para criar uma experiência inesquecível. O Fefol proporciona:
- Espetáculo de abertura emocionante
- Participação de grupos folclóricos renomados
- Atividades culturais para todas as idades
- Envolvimento de empresas locais
A abertura do Festival Nacional do Folclore de Olímpia é um evento grandioso que envolve a comunidade local. Neste ano, cerca de 600 pessoas, principalmente alunos da rede municipal de Educação, participarão da cerimônia de abertura. Os alunos e professores se dedicam intensamente para criar um espetáculo memorável. Eles vestem a camisa da cidade e representam o orgulho local.
Raquel afirmou que a abertura deste ano destaca a cidade como berço da cultura popular. Serão apresentadas diversas manifestações culturais que refletem a rica tradição folclórica de Olímpia.
“As apresentações do festival ocorrem em vários locais da cidade, garantindo acessibilidade a todos. O recinto principal é o espaço dedicado ao folclore, nomeado em homenagem ao professor José Santana”, disse a secretária.
Recinto do Folclore
Este local é o coração do festival, onde as principais atividades acontecem. Desde sua construção, em 1986, ele se tornou um símbolo da celebração cultural. Outros espaços na cidade também recebem os grupos:
- Praças centrais da cidade
- Ginásio de esportes
- Minifestival nas escolas
- Pavilhão de apresentações noturnas
Esses locais garantem que todos possam vivenciar a magia do folclore durante toda a semana do festival.
Importância
Durante o festival, os visitantes têm a oportunidade de conhecer diversas manifestações culturais. Isso enriquece o entendimento sobre a diversidade do Brasil. Raquel afirmou ainda que o folclore é ensinado nas escolas, criando memórias afetivas nas crianças. “Essa educação cultural é fundamental para o futuro das tradições”, disse.
Programação e grupos participantes
A programação deste ano é extensa e diversificada, com 60 grupos de todas as regiões do Brasil. A seleção foi cuidadosa, garantindo representatividade cultural.
Atrações do Festival
- 60 grupos folclóricos
- Representação de 17 estados
- 10 grupos inéditos
- Apresentações diárias variadas
Os grupos foram escolhidos com critério, oferecendo uma rica troca cultural. Os visitantes podem acessar o site da prefeitura para detalhes da programação.
O Festival Nacional do Folclore de Olímpia garante que todos possam participar, mesmo à distância. A programação completa está disponível nas redes sociais e no site oficial do festival.
“Todas as noites, as apresentações são transmitidas ao vivo pelo Facebook e YouTube. Isso permite que pessoas de diferentes regiões do Brasil acompanhem a celebração”, afirmou Raquel..
Acessibilidade para Todos
- Sem necessidade de convite
- Programação acessível online
- Transmissões em tempo real
- Inclusão de todos os interessados
Turismo e o festival
O festival também é um grande atrativo turístico para Olímpia. A cidade se transforma em um ponto de encontro cultural, recebendo visitantes de várias partes do Brasil.
Com a chegada do festival, Olímpia vê um aumento significativo no número de turistas. Isso ajuda a divulgar a cultura local e a história do folclore.
Experiência Cultural para Turistas
- Apresentações durante o ano todo
- Atrações turísticas relacionadas ao folclore
- Oportunidade de vivenciar a cultura
- Eventos que atraem 5 milhões de visitantes
Grupos participantes
A seleção dos grupos que participam do Festival Nacional do Folclore é um processo criterioso. Durante um período, os grupos se inscrevem online, apresentando sua história, vídeos e fotos.
Critérios de seleção
A comissão organizadora avalia diversos aspectos, como:
- Tradicionalidade do grupo
- Quantidade de festivais anteriores
- Qualidade das apresentações
- Representatividade regional
Segundo Raquel, esse cuidado garante uma programação diversificada e rica em manifestações culturais, promovendo uma experiência única para os visitantes. “Este ano, o festival contará com 10 grupos inéditos, além de atrações já tradicionais que encantam o público. A diversidade das apresentações permite que o público conheça a cultura de diferentes regiões do Brasil”, afirmou.
Impacto econômico do Fefol
O Festival Nacional do Folclore é um motor econômico para Olímpia e a região. O evento atrai milhares de visitantes, impulsionando o turismo local.
Benefícios para a Comunidade
O festival gera empregos temporários e movimenta diversos setores, como:
- Gastronomia local
- Comércio de artesanato
- Serviços de hospedagem
- Transporte e logística
Além disso, o estacionamento oficial do evento reverte lucros para a Santa Casa, beneficiando a saúde da comunidade.A realização do festival também estimula a infraestrutura local, melhorando as condições para futuros eventos. Isso promove um ciclo contínuo de crescimento econômico e cultural.
De acordo com a secretária, o apoio do poder público é fundamental para o sucesso do Festival Nacional do Folclore de Olímpia. O Executivo local, sob a liderança do prefeito Fernando Cunha (PSD), tem investido significativamente na cultura local.
Com um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões, a prefeitura tem realizado melhorias no recinto do festival, tornando-o mais acolhedor. Além disso, foi inaugurado um museu do folclore, que visa promover a cultura durante todo o ano.
Raquel destacou durante o Podcast Diário do Rodrigo Lima que a colaboração com empresas locais é essencial. Projetos como o ProAC permitem que empresas direcionem parte de seus impostos para a cultura, beneficiando o festival e a comunidade. 1.
Grupos folclóricos em Olímpia
Olímpia abriga cerca de 20 grupos folclóricos e parafolclóricos, que são parte integral da cultura local. Esses grupos trabalham arduamente ao longo do ano para se apresentar no festival.
Tipos de Grupos
- Grupos Folclóricos
- Grupos Parafolclóricos
Os grupos folclóricos preservam danças e tradições autênticas, enquanto os parafolclóricos adaptam essas manifestações para o público contemporâneo.
Envolvimento da Comunidade
Esses grupos são formados por famílias e amigos, onde cada membro contribui de alguma forma. A dança e a produção cultural fortalecem os laços comunitários e a identidade local.
Impacto Cultural
Os grupos folclóricos de Olímpia não apenas participam do festival, mas também atuam em eventos durante todo o ano. Isso garante a continuidade da tradição e a promoção da cultura folclórica.
Experiências durante o Fefol
Durante o Festival Nacional do Folclore de Olímpia, os visitantes têm a oportunidade de vivenciar experiências únicas. A cidade se transforma em um verdadeiro palco cultural, onde cada canto ressoa com música e dança.
Os grupos folclóricos não apenas se apresentam, mas também interagem com o público. Essa proximidade permite que os visitantes aprendam sobre as tradições e a história de cada manifestação cultural.
Desfile final e encerramento
O desfile final é um dos momentos mais aguardados do festival, trazendo uma sensação de nostalgia e celebração. Ele ocorre na avenida principal da cidade e promete ser emocionante para todos os presentes.
Raquel disse que o desfile começa por volta das 9 da manhã no último dia do festival. Os grupos folclóricos marcham, mostrando suas cores e tradições.
Este ano, o desfile volta a ser realizado em sua localização tradicional com o objetivo de resgatar a essência do festival e conectar os participantes às suas raízes
Descubra o museu de folclore
Além das apresentações, não perca a oportunidade de visitar o novo espaço do Museu de Folclore, que agora está localizado no recinto do festival.
Conheça quais são os grupos folclóricos mais antigos, que mais estiveram presentes em edições do festival nesses 60 anos:
Fandango de Tamanco de Cuitelo – Ribeirão Grande/SP
Formado em 1964, por Pedro Vilarino, o grupo participou de todas as edições do festival, trazendo essa tradição que é passada de geração para geração. Para se dançar o fandango, utiliza-se a viola de dez cordas, a gaita oito baixos e o tradicional tamanco, que é feito de madeira, encantando com a dança sapateada e palmeada ao som de violas e gaitas, com traços da cultura caipira.
Terno de Sainha Irmãos Paiva – Santo Antônio da Alegria/SP
Fundada em meados de 1930, a Congada Terno de Sainha Irmãos Paiva, é coordenada atualmente por Luiz Geraldo Custódio, mais conhecido por Luiz Paiva, com ajuda de filhas, esposa, netos, sobrinhos e amigos, estando na quinta geração da família Custódio e Paiva, preservando essa importante manifestação cultural de influência africana. O grupo inclusive colaborou com a fundação do festival e com o Professor José Sant’anna.
Bumba Meu Boi e Reisado Sergipano – Guarujá/SP
O grupo de Reisado autêntico do Estado de Sergipe, foi trazido na década de 60 pelo saudoso Mestre Zacarias, para o Guarujá, apresentando a tradição da cultura popular brasileira de forma despojada. Dançando reisado e suas tradições, como o Reisado principal e Reisado mirim. O grupo é composto por 45 integrantes, sendo músicos, dançarinos e produção.
Samba Lenço – Mauá/SP
Reconhecido como patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, que expressa a manifestação de origem afro-brasileira, presente na época da escravidão, nas zonas rurais paulistas.
Cordão Folclórico dos Bichos Tatuienses – Tatuí/SP
Fundado em 1928, como uma diversão, o grupo hoje conta com quase 100 anos de história e é considerado bem cultural da cidade de Tatuí por sua importância histórica para a tradição local.
Grupo Folclórico Parafusos – Lagarto/SE
Reconhecido como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial de Sergipe, o grupo tem mais de 125 anos de história e é o único do gênero existente no Brasil. Fundado por Padre José Saraiva Salomão, os Parafusos representam a tradição da época dos engenhos, em que os escravos furtavam as anáguas das sinhazinhas bordadas com rendas francesas e, utilizando-as cobrindo até o pescoço, fugiam à noite em busca de produtos e alimentos. Assim vestidos saíam pelas estradas, dando pulos e fazendo assombração. Com a abolição, a mística acabou, mas ficou a brincadeira, história real dos escravos, retratada pelo grupo folclórico que hoje sai para divertir o público.
Lavadeiras – Lagarto/SE
O grupo conta a tradição das lavadeiras de roupas nas beiras dos rios e riachos próximos, com bacias, trouxas e gamela na cabeça. Enquanto lavavam as roupas, a cantoria seguia e as crianças brincavam e se banhavam nas águas. As roupas eram estendidas nos capins para alvejar. Depois de enxaguar, eram colocadas em cercas de arame para secar. Enquanto isso, a música continuava transmitindo alegria, apesar da vida difícil que elas levavam.
Batalhão de Bacamarteiros – Carmópolis/SE
A origem da tradição do grupo é datada de 1780, quando os negros dos engenhos de cana-de-açúcar, do Vale do Cotinguiba, brincavam de roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Assim, desde então, o grupo, formado por homens, mulheres e crianças, exibe a riqueza da cultura africana disseminada por aquela região, que é uma marca inconfundível da cultura de Carmópolis. Se apresenta nas festas juninas, embelezando o município com a alegria das roupas, com o barulho dos tiros do ritual do Pisa Pólvora e a graciosidade da dança e dos repentes. Para fabricar a pólvora, é utilizado o carvão produzido a partir da umbaúba, cachaça e enxofre. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes, com o ritmo que contagia todos que assistem.
Grupo de Cultura Nativa Tropeiros da Borborema – Campina Grande/PB
Fundado há 42 anos, sua criação inspirou-se na formação histórica de Campina Grande, quando a cidade marcava os primeiros passos de desenvolvimento. Com o objetivo de pesquisar e divulgar a cultura popular nordestina, através da dança folclórica, o grupo premiado já teve passagens por diversos festivais do Brasil e também pela Europa e Ásia. Considerado pioneiro na modalidade dança folclórica na cidade, o grupo tem se destacado com o seu trabalho sério na preservação da cultura popular nordestina, mantendo vivas as raízes culturais e resgatando as tradições de seu povo. Entidade reconhecida de utilidade pública, constitui-se patrimônio cultural da Paraíba, reinventando-se ao longo do tempo, com a criação de novos quadros, integrando outras linguagens artísticas aos seus espetáculos e, assim, se renova para continuar contribuindo com a preservação do folclore brasileiro.
Papanguarte Balé Popular – Bezerros/PE
Fundado em janeiro de 1997, pelo artista e educador Carlos Marques, o grupo é formado por estudantes e professores das redes municipal, estadual e particular do município, com o propósito de resgatar e valorizar as danças e folguedos populares da terra do papangu (Bezerros), bem como do estado pernambucano. O nome “papanguarte” vem da união das duas palavras: papangu (mascarados que saem pela cidade no período carnavalesco) e arte. Na época de Carnaval, os mascarados saboreiam a deliciosa comida típica do nordeste: o angu, surgindo assim, a figura folclórica papangu. Dessa forma, papa + angu + arte = Papanguarte. Uma das características da agremiação é que seus bailarinos dançam mascarados como forma de resgatar, preservar e valorizar a cultura do papangu – símbolo máximo do carnaval de Bezerros.
Ao todo, o 60º FEFOL terá a participação de 60 grupos, que representarão 17 estados brasileiros, de todas as cinco regiões do país, fortalecendo a diversidade cultural, a preservação da cultura popular e o compromisso de Olímpia, enquanto Capital Nacional do Folclore.
O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita. De 03 a 11 de agosto de 2024, Olímpia é o solo sagrado do folclore brasileiro.
CANAIS OFICIAIS:
http://www.folcloreolimpia.com.br
http://www.facebook.com/folcloreolimpiaoficial