O delegado-assistente da Seccional de Rio Preto, Alexandre Arid, fez um importante alerta nesta quarta-feira, 7, sobre o crescimento de casos de exploração infantil. Ele afirmou que houve aumento das vítimas entre 3 a 6 anos.
Em entrevista exclusiva ao Diário do Rodrigo Lima, o delegado afirmou que o setor de inteligência tem realizado monitoramento da chamada “dark web” e “deep web”, onde são debatidos temas relacionados a crimes cibernéticos. Ele, no entanto, afirma que o melhor cuidado com os filhos é a prevenção e defendeu a conversa olho no olho.
“É importante que o pai fique atento ao que a criança pesquisa e navega na internet”, afirmou Arid. “A prevenção é muito importante e jogar muito aberto. O mundo virtual tem os mesmos riscos do mundo real”.
O delegado disse ainda que o adolescente ou criança não deve aceitar conversar com qualquer pessoa ou até mesmo repassar os seus dados. Ele afirmou que há casos chocantes cuja exploração sexual envolve crianças de seis meses de idade até os 14 anos.
“Aumento foco de casos de crianças de 3 a 6 anos, mas a porcentagem maior é de 13 a 14 anos”, alerta o delegado.
De acordo com o delegado, não há um perfil definitivo do agressor. “Não tem perfil o agressor. Pode ser dos 15 aos 80 anos de qualquer classe social. Pode ser o vizinho, o médico que atende a criança, um advogado. Na verdade, não tem um perfil a ser traçado”, afirmou Arid.
Ele defendeu a prevenção e informação como melhor forma de evitar a ocorrência de novos casos. “A criança pode ser assediada e enganada. São adultos que passam por adolescentes”, disse o delegado em relação a uma das práticas mais comuns na internet.
Por isso, o delegado afirmou ser fundamental procurar ajuda. “Tem de procurar ajuda. É importante que a família siga unida e ofereça tratamento psicológico, além de buscar a punição do infrator”, disse.
Os casos entram pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ou os distritos policiais. “A marca que fica na criança e adolscente não será apagada nunca. É preciso de ajuda psicológica para conviver com isso e não desenvolver um bloqueio”, disse.
A vítima geralmente desabafa com o amiguinho ou com o professor nas escolas, enfatizou o delegado. “É importante observar o comportamento na escola. Vai de encontro ao que está acontecendo na vida da criança”, disse Arid. “Tem de criar recursos emocionais com o tratamento para evitar um novo assédio”.
Arid destacou a importância de uma rede sólida de proteção à criança e ao adolescente em Rio Preto a partir de ações com o Ministério Público e a Vara da Infância e Juventude, que tem como juiz titular Evandro Pelarin.
Novo produto
A “Entrevista DRL” é o novo produto do Diário do Rodrigo Lima. Realizada em módulos, o entrevista pode desenvolver diversos temas na qual possibilitará ao leitor ou espectador escolher qual assunto deseja ter acesso primeiro.
Na 2ª etapa da entrevista, Arid fala sobre