O Ministério Público denunciou o motorista João Pedro Silva Alves, 23 anos, por homicídio e lesão corporal nesta quarta-feira, 15. Ele é acusado de atropelar e matar Estefany Ferreira, 20 anos, no dia 29 de janeiro, por volta de 7h20, em uma estrada nas proximidades do acesso à Chácara Viva, em Cedral. Se condenado, a pena pode chegar a até 30 anos de prisão.
De acordo com o promotor de Justiça, Evandro Ornelas Leal, o rapaz passou a madrugada ingerindo bebida alcoólica em uma festa open bar na chácara. Na denúncia consta que o motorista “estando sob efeito de substância alcoólica” dirigiu veículo e, deixando a chácara, “passou a dirigir de forma extremamente perigosa ziguezagueando e em alta velocidade, a ponto de os passageiros perderam o contato com o assento do banco quando o veículo passava por lombadas, ignorando o pedido dos passageiros de que reduzisse a velocidade”.
“Em dado momento, o denunciado derivou o veículo para a direita, atingindo a vítima Estefany, que estava sentada fora do leito carroçável e teve o corpo arrastado, também atingindo a vítima Gabriela, causando a morte imediata daquela por politraumatismo e provocando nesta ferimentos leves apenas porque Gabriela conseguiu se mover a ponto de evitar maior impacto do carro em seu corpo. O denunciado parou o veículo, desceu, viu que havia atropelado as vítimas, voltou ao veículo e deixou local ainda na condução do veículo, sem prestar socorro direto ou indireto, vindo a ser preso em flagrante em sua residência logo depois, tendo a prisão preventiva decretada”, consta em trecho da denúncia.
De acordo com o promotor, “os crimes foram praticados mediante dolo eventual, tendo o denunciado assumido o risco de produzir os resultados”. “Houve emprego de meio de que resultou perigo comum, pois, a par da morte de Estefany e ferimentos em Gabriela, o denunciado também poderia ter ferido os passageiros do veículo. Houve emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima Estefany, colhida de surpresa, sem possibilidade de evitar o atropelamento”, afirmou Leal na denúncia.
O advogado de defesa Juan Carlos de Siqueira disse que estranhou a rapidez que a investigação e denúncia foram realizadas pela Polícia Civil e o Ministério Público. Ele afirmou que pretende pedir uma perícia mais aprofundada do caso, que poderá ser realizada até pela própria defesa. “Foi uma denúncia excessiva e espetacularizada”, afirmou o advogado, que tenta um habeas corpus para que o motorista responda aos crimes em liberdade.