Investigação aponta interresse do PCC na eleição em Rio Preto; Coronel Fabio Candido reage contra crime organizado

Rodrigo Lima
Coronel Fabio Candido se manifestou sobre o PCC/imagem – divulgação

A Polícia Civil de Mogi das Cruzes investiga um esquema criminoso que movimentou R$ 8 bilhões por meio do chamado “banco do crime” e mais 19 empresas para apoiar candidaturas em cidades de São Paulo – entre os municípios citados está Rio Preto. Os valores eram movimentados por membros do PCC para financiar campanhas, segundo as investigações.

A operação teve início a partir de investigação de tráfico de drogas e levou a bloqueio de bens e valores. Em junho de 2023, a Polícia Civil de Mogi das Cruzes teve acesso ao celular de Fabiana Lopes Manzini. Ela é casada com Anderson Manzini, apontado como membro antigo do PCC. Segundo o delegado, Manzini integrava um grupo de sequestradores que atuava em diversas cidades paulistas, entre elas, Campinas.

As apurações indicaram ainda que para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas, o crime organizado tinha um projeto para infiltrar integrantes da quadrilha nas eleições municipais, lançando candidatos aos cargos. Essa operação, deflagrada pela Polícia Civil, que resultou em bloqueio de R$ 8 bilhões, revela conversas de investigados sobre apoiar candidaturas, inclusive, nas eleições de Rio Preto. Nenhum nome de candidato é mencionado.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não informou quais partidos e políticos de Rio Preto estão sendo investigados. “Os fatos seguem em investigação pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Mogi das Cruzes, que em 6 agosto, cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, no âmbito da Operação “Decúrio” contra envolvidos no crime organizado, na capital e em cidades da região metropolitana e do interior paulista. A ação realizou 13 prisões e diversas apreensões de celulares, relógios, notebooks, tablets, armas de fogo, munições e dinheiro em espécie, além de oito veículos. As investigações prosseguem na unidade policial, com vistas ao esclarecimento de outros crimes e participação de mais envolvidos”, diz o documento.

Repercussão 
O candidato a prefeito do PL, Coronel Fabio Candido, afirmou nas redes sociais que apoiadores entraram em contato com ele preocupados. Ele lamentou que Rio Preto tenha sido citada na investigação.  “Repercutimos que o crime organizado tem um banco de recursos na ordem R$ 8 bilhões para financiar campanhas apropriadas de apoiadores em vários municípios. Infelizmente, inclusive, aqui em São José do Rio Preto”, afirmou Candido, que foi comandante da Polícia Militar.

“Digo a todos vocês que enquanto comandante da Polícia Militar, nós combatemos fortemente o crime organizado aqui em São José do Rio Preto e agora, na política, temos essa missão de continuarmos atuando contra a criminalidade, contra o crime organizado, disputando essas eleições para que nós tenhamos um Executivo Municipal, uma pessoa que pensa na população e é contra o crime e a violência”., afirmou o candidato a prefeito do PL. “Esse é o meu compromisso com São José do Rio Preto e essa missão que me foi dada pelo (ex) presidente Bolsonaro.Nós iremos para a política para que os maus políticos, os políticos corruptos, os políticos  ligados ao crime organizado, não ingressem no poder e no prejuízo da população”.

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