“O presidente Lula tem tudo para ir para a reeleição. A não ser que Deus não queira”. A frase é do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que cumpre agenda em Rio Preto nesta quarta-feira, 4. Ele visitou o Hospital de Base (HB) e à tarde participa de atividade no Centro Cultural Vasco.
Em entrevista exclusiva do Diário do Rodrigo Lima (DRL), o ministro comemorou o avanço de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com os três primeiros meses do ano. O número foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 3. “É uma retomada da economia. O presidente Lula tem nos liderado desde o ano passado, quando assumiu. Aliás, antes de assumir até o diálogo com o Congresso, planejando para resolver os problemas gargalos existentes na economia brasileira”, afirmou Marinho.
Segundo o ministro, foi preciso a aprovação do Congresso para a PEC da transição. “Não fosse essa economia, o ano passado teria sido um desastre. Os especialistas projetavam um crescimento de 0,8% no ano passado, chegamos a 2,9%. Este ano da mesma forma. Aliás, parece que tem alguns especialistas que não são analistas, são torcedores para as coisas darem errado na economia brasileira. Nós conseguimos, nesse esforço grande de retomada das políticas públicas, retomada das obras paradas, recolocar as coisas em dia com o debate sobre a reforma tributária, sinalizar para os investidores que o Brasil pode investir aqui, que isso é um investimento seguro”, afirmou Marinho. A PEC da Transição liberou R$ 145 bilhões para o novo governo, fora do teto de gastos, pelo prazo de dois anos.
De acordo ainda com Marinho, o Brasil é um país consistente. “Tem uma reserva cambial muito importante. Aliás, construída no governos de Lula e no governo da presidenta Dilma. Isso está preservado, isso é uma garantia para os investimentos. Os investimentos estão chegando, o debate sobre a nova indústria, isso tem fomentado investimento nos parques industriais, de forma que muitos anúncios de investimento, tudo isso são resultado desse esforço. Nós, em 19 meses, geramos formalmente 2,9 milhões de novos empregos. E o resultado do PIB agora não é surpresa para o governo, porque nós estamos olhando os investimentos em cada estado, em cada região do país, em cada segmento da economia”, afirmou o ministro na entrevista exclusiva ao Diário do Rodrigo Lima (DRL).
Para Marinho, os anúncios de novos investimentos no país impulsionam a indústria. ” Aliás, isso nos anima bastante.Eu tenho falado isso em todos os anúncios de Caged, mês a mês, que a indústria este ano vem respondendo positivamente, diferentemente do que aconteceu ano passado. Em 2023, ela andou bastante de lado, era um processo de retomada. E esse ano a indústria tem ajudado bastante, sendo determinante nesse anúncio positivo agora”, afirmou.
Contribuição sindical
De acordo com o ministro, após a eleição o Congresso deve retomar o debate sobre a retomada da contribuição sindical. “Isso é uma discussão que a gente sempre diz o seguinte. No Congresso, para as coisas acontecerem nesse campo, é preciso de um bom entendimento entre lideranças, trabalhadores e empregadoras. Então, nós montamos esse mesmo debate”, afirmou.
Marinho disse que o debate está colocado à mesa. “Eles estão bastante animados que, pós eleição, é possível colocar esse debate para valer no Congresso Mas, na verdade, o que eu estimulo é que eles criem entendimento para a gente poder criar a condição de tramitar no Congresso”, afirmou o ministro ao ponderar que “o imposto sindical, isso não se discute mais.”
“O que se discute é o seguinte. Como criar a condição dos sindicatos representarem bem os seus trabalhadores? O papel dos sindicatos é determinante em uma boa relação capital e trabalho. É preciso que os sindicatos de empresários, empregadores, que representam as empresas, sindicatos de trabalhadores, tenham uma boa sintonia, um bom entendimento. O que foi feito no governo Temer e Bolsonaro (3:44) foi uma destruição dos sindicatos de trabalhadores”, afirmou Marinho.
Segundo Marinho, se criou um “desequilíbrio”. “Esse desequilíbrio faz mal ao entendimento, faz mal ao diálogo. Portanto, eles têm o direito de, quando prestar um serviço, através do acordo coletivo, poder, em assembleia, decidir se há ou se não há contribuição.Tem que estabelecer essa régua. Ora, quem vai decidir se tem contribuição ou não são os trabalhadores. A direita sempre criticando o governo, nunca vê pontos positivos da gestão Lula”, afirmou.
2026
O ministro do Trabalho disse também que Lula deve disputar a eleição em 2026. “O presidente tem tudo para ir para a reeleição. A não ser que Deus não queira. E ele disse que, entendo o perigo da direita, ele estará à disposição.Portanto, eu acho que essa previsão está dada. Na grande possibilidade, ele terá que ir para a reeleição”, afirmou Marinho. “Veja, o que nós temos que fazer é continuar trabalhando, consertando o Brasil, consertando os problemas que deixaram, que nós herdamos”.