Um adolescente foi apreendido pela Polícia Civil em Bady Bassitt nesta quarta-feira, 21, e levado para a Fundação Casa de Rio Preto. Ele é acusado de invadir sistemas de dados sigilosos de órgãos públicos, de empresas e serviços e revender essas informações na internet.
O Diário do Rodrigo Lima teve acesso a parte da investigação que envolve também maiores de idade, que também já foram presos. O rapaz, que completou 18 anos, teve acesso ao sistema da Polícia Civil e Polícia Militar, o que é crime. O Ministério Público vai aprofundar a apuração do caso, que deve ser exibido pelo Programa Fantástico no próximo domingo, 1º de outubro.
Na representação do Ministério Público, que levou à apreensão do adolescente, a acusação é pelos crimes de invasão de dispositivo informático e por associação criminosa. O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, acatou o pedido de internação provisória do rapaz.
A reportagem apurou ainda que o esquema só teria sido descoberto porque, além de denúncia feita à Polícia Civil de Bady Bassitt, houve um registro policial feito Sertãozinho que levantou a suspeita de irregularidades. A partir daí as investigações foram iniciadas para descobrir quem teria invadido o banco de dados da Polícia Civil.
De acordo com a investigação, no dia 19 de junho deste ano, o adolescente teria se associado com outros dois homens para o fim de cometer infrações, bem como invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados e informações sem autorização do usuário, bem como obteve conteúdo e informações sigilosas, além de auferir vantagem ilícita com a ação.
A partir da investigação foi instaurado um inquérito policial em Bady Bassitt para apurar informação de que uma pessoa estava vendendo login do aplicativo “IFood”. A partir daí, foram realizadas diligências para identificar o autor do crime na cidade.
Com base na investigação, foi pedido pelo delegado do caso à Justiça um mandado de busca e apreensão. O adolescente foi localizado e abordado no interior de sua residência, sendo flagrado quando utilizava diversos sistemas.
O Diário do Rodrigo Lima apurou que o adolescente possuía inúmeras credenciais restritas a órgãos de segurança pública: da Polícia Militar e da Polícia Civil. Ele tinha acesso ilagel a dados de órgãos de saúde e empresas privadas – bancos e comércios online.
A apuração indica que o rapaz é suspeito de inserir, adulterar e destruir dados, inclusive sigilosos. A ação era praticada de forma associada com os outros acusados. O grupo vendia o acesso aos sistema na internet.
O Ministério Público e a Polícia Civil seguem na investigação do caso. Um dos objetivos é descobrir possíveis ramificações e participação de outras pessoas que agiam em conluio com o grupo.