Estado de SP não tem mais focos ativos de incêndios, afirma Defesa Civil

Rodrigo Lima
Rio Preto foi tomada pela fumaça no fim de semana/imagem – reprodução
A Defesa Civil do Estado de São Paulo afirmou nesta segunda-feira, 26, que não há mais registro de focos ativos de incêndios. O órgão estadual não atualizou, porém, 48 cidades permanecem em alerta máximo para queimadas. Ao menos duas pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas, de acordo com a Defesa Civil.

Os incêndios se espalharam com maior intensidade a partir da sexta-feira, 23, e chegaram a bloquear o fluxo de rodovias, inclusive na região de Rio Preto, e cobriram com fumaça o céu dos municípios. O governo estadual determinou a instauração de um gabinete de crise para incêndios em Ribeirão Preto.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou o envio de ajuda humanitária para pessoas que, de alguma forma, acabaram desabrigadas. No domingo, a Defesa Civil e o Fundo Social do Estado enviaram ajuda para Pradópolis, na região de Ribeirão Preto, uma das cidades mais afetadas pelos incêndios.

A Polícia Federal vai instaurar novo inquérito para apurar os casos e duas pessoas foram presas pela Polícia Civil, até o momento.

O número de focos de incêndio registrados em agosto no Estado é o maior para qualquer mês nas cidades paulistas desde 1998, quando os registros começaram a ser computados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Cuidados com a saúde 
Além das ações de combate aos incêndios que vêm ocorrendo em diversas regiões do país, é preciso que a população esteja orientada sobre como se proteger e evitar, sempre que possível, a exposição aos poluentes e à fumaça intensa e à neblina, causadas pelo fogo.

Entre as recomendações do Ministério da Saúde estão o aumento da ingestão de água e de líquidos, como medida para manter as membranas respiratórias úmidas e, dessa forma, ficarem mais protegidas. O tempo de exposição deve ser reduzido ao máximo, devendo manter a permanência em local ventilado dentro de casa, se possível com ar condicionado ou purificadores de ar. Para reduzir a entrada da poluição externa, durante os horários com elevadas concentrações de partículas, as portas e as janelas devem ser mantidas fechadas. As atividades físicas devem ser evitadas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre o meio dia e as 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas.

É recomendável ainda a utilização de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas para diminuir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas às áreas de focos de queimadas. A medida reduz o desconforto das vias aéreas superiores. Já máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas.

As recomendações devem ser seguidas por toda a população e a atenção deve ser redobrada em crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes.

Ao sinal de sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde a pasta indica a busca imediata de atendimento médico. “Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento, manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas, buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises e avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas”, completou.

Sob a coordenação do Ministério da Saúde, o monitoramento de áreas que sofrem a influência da queima de biomassa é um dos campos de atuação da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VIGIAR) e da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde.

Os dados desse monitoramento são enviados, semanalmente, pelo Ministério da Saúde aos estados e ao Distrito Federal no Informe Queimadas, com orientações para evitar a exposição da população às condições adversas.

(Com Agência Brasil)

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