Erro em medicação gera apreensão após mordida de sagui em criança de 2 anos

Rodrigo Lima
Menina passeava com o pai no Parque Ecológico quando foi mordida no pé por um macaco sagui/imagem – divulgação/ilustrativa

Uma criança de dois anos foi vítima de um incidente inusitado e preocupante na tarde de quinta-feira, 26 de junho, em São José do Rio Preto. A menina passeava com o pai no Parque Ecológico quando foi mordida no pé por um macaco sagui.

Após o ataque, o responsável pela criança levou a filha a um pronto-atendimento de um plano de saúde da cidade. No local, porém, foi informado que não havia o medicamento adequado para o caso e recebeu a orientação de procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município.

Ainda no mesmo dia, a família se dirigiu ao UPA Tangará, onde a criança recebeu aplicação de seis injeções, entre elas uma vacina antirrábica e outras doses aplicadas diretamente no ferimento e nas coxas. O atendimento inicial foi considerado completo e, naquela noite, a criança retornou para casa.

Na manhã seguinte, sexta-feira, 27 de junho, o pai recebeu uma ligação inesperada da unidade municipal. Segundo relatado à Polícia Civil, o contato informava que a menina havia recebido o medicamento incorreto: em vez de imunoglobulina contra raiva, teria sido administrado um soro específico para tratamento de herpes-zóster, enfermidade que não guardava relação com a situação.

De acordo ainda com o boletim de ocorrência, registrado no 1º Distrito Policial no dia 27, a criança precisou retornar ao serviço público de saúde para tomar a vacina correta, após orientação da pediatra particular que acompanhava o caso.

A Polícia Civil instaurou procedimento preliminar para apurar o episódio. O documento descreve que, durante o primeiro atendimento no UPA Tangará, uma profissional médica acompanhada de duas enfermeiras realizou a aplicação das injeções, que só depois foram identificadas como inadequadas.

Procuradas pela reportagem, as assessorias da Secretaria de Saúde e do plano de saúde não haviam se manifestado oficialmente até o fechamento desta edição.

O caso expõe riscos associados ao manejo de acidentes com animais silvestres em áreas urbanas e suscita questionamentos sobre protocolos de medicação em emergências pediátricas. A família aguarda esclarecimentos e novas orientações médicas.

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