A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) prenderam dois homens no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, 18, acusados de extorquir diretores de uma distribuidora de cigarros. Em março deste ano, eles procuraram a Polícia Civil em Rio Preto informando que membros de uma facção criminosa do Rio Grande do Sul denominada “Os Manos”, começaram a exigir da empresa uma importância de R$500 mil mensais como condição de atuar comercialmente naquele estado.
“Tal reivindicação indevida, foi acompanhada de graves ameaças contra os representantes da empresa e outros funcionários. A distribuidora chegou a receber fotografias das casas de alguns representantes da empresa, acompanhada de descrição de suas rotinas e citando informações pessoais, tudo para causar pânico nas vítimas. Diziam ainda que se referida empresa atuasse no Sul, iriam cortar a cabeça dos vendedores”, consta em nota emitida pela Deic de Rio Preto.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da DEIC iniciou uma série de investigações, “utilizando inteligência policial e ação de campo de polícia judiciária, colhendo provas e elementos que auxiliassem na identificação do grupo, seus endereços e rotina, como a quadrilha estava fazendo, mas desta vez muito mais profissional e, especialmente, dentro dos limites legais”.
A DIG então entrou em contato com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul que prestou apoio nas diligências. “Colhidos e elencados os indícios de autoria e materialidade, o delegado de polícia da DIG que preside os trabalhos, representou à Justiça rio-pretense pela expedição de mandados de prisão temporária e mandados de busca e apreensão contra os alvos”, consta na nota.
Os policiais civis da DEIC de Rio Preto percorreram 1.500 quilômetros e foram até Porto Alegre/RS e se reuniram com policias da capital Gaúcha, de Lajeado, Bom Retiro do Sul e planejaram a operação. “Na manhã desta terça-feira, na cidade de Lajeado/RS, foi deflagrada a ação policial e as equipes prenderam 2 homens, de 35 e 48 anos, e fizeram buscas em quatro endereços relacionados aos investigados. Os dois suspeitos presos ficarão detidos no sistema prisional gaúcho, onde aguardarão julgamento”, consta na nota.