A caminhada de Cuca no Corinthians durou menos de uma semana. O técnico decidiu anunciar a sua saída do clube nesta quarta-feira, 26, pouco depois da classificação heroica da equipe sobre o Remo, em partida válida pela Copa do Brasil que acabou nos pênaltis. Durante o tempo normal, o timão fez o resultado – de 2×0 – no último lance da partida.
“Antes desse sonho se realizar tiveram quatro dias muito ruins para mim, de pesadelo. Foi quase um massacre o que acabou acontecendo. Estava muito concentrado nessa decisão, não queria tirar o foco. […] Saio neste momento porque não era como eu queria. Você espera a vida inteira por isso e sai dessa maneira, como um pedido. […] Quem julga, também pode ser julgado. Mais importante é eu agradecer o presidente [Duílio], que é uma pessoa maravilhosa. Já tinha tomado essa decisão ontem. […] Se Deus quiser, eu volto um dia para poder fazer um trabalho do começo ao fim”, afirmou Cuca.
O Corinthians deve buscar no mercado um novo treinador para dar continuidade ao trabalho para as competições que participa neste ano.
Ao anunciar a saída do Corinthians, Cuca afirmou que se tratava de um pedido da família, que, segundo ele, vem recebendo ameaças nas redes sociais. Ele é alvo de protestos por causa de sua condenação por estupro de vulnerável, na Suíça, em 1989.
“Vou fazer 60 anos mês que vem. Você pesa o que vale e o que não vale a pena na vida. Quero fazer valer a pena minha família. Não esperava essa avalanche que vivi aqui. Fui julgado e punido pela internet. Isso tem uma consequência muito grande, em todos os sentidos”, afirmou. “Eu venho aqui na emoção do jogo, jogo que foi demais. Primeira vez senti o pulsar da Arena, da Fiel, a favor. Foi maravilhoso, com a conquista dessa vaga. Foi um dia vivido, de um sonho. Antes desse sonho se realizar, tiveram três, quatro dias muito pesados. Um pesadelo. Um massacre que aconteceu”.