Duas pessoas foram presas e levadas para prestar depoimento na delegacia de Nova Granada nesta quarta-feira, 28. Elas foram ouvidas, pagaram fiança de cerca de R$ 20 mil e foram liberadas após fornecer detalhes da morte de uma adolescente de 16 anos.
Uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar levou à descoberta do corpo enterrado no sítio de um empresário de Rio Preto. O caseiro admitiu aos policiais que havia um corpo enterrado no local, mas ele não sabia o que tinha acontecido. Escavação realizada na propriedade rural comprovou a existência de restos mortais da jovem enterrada no sítio.
A Polícia Civil e a perícia foram acionadas para irem até o sítio. Após encontrar o corpo, os policiais foram até a empresa e localizaram o empresário, que inicialmente negou que teria participação ou conhecimento do crime, mas depois, na versão que ele passou para a polícia, ele disse que a adolescente, que tinha apenas 16 anos na época, teria ido até a empresa para pedir emprego.
Na primeira versão, inclusive, passada por ele para os policiais, eles teriam usado cocaína, e na sequência teria acontecido uma relação sexual entre os dois. O empresário afirmou que ele teria saído da sala, quando um outro funcionário da empresa teria entrado depois, e também teria mantido relações sexuais com essa garota. Um terceiro funcionário foi quem teria encontrado a jovem já passando mal. Essa versão foi apresentada à Polícia Militar.
Todos os envolvidos ou que tiveram contato com a adolescentes foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos. O caso foi registrado como ocultação de cadáver.
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No depoimento na delegacia, o empresário mudou a sua versão após estar com o advogado. Ele contou que em um ato de desespero teria colocado o corpo da jovem na sua caminhonete e iria deixar o corpo em um rio. Ele decidiu então pedir ao caseiro para providenciar uma vala, que ele iria enterrar algo na propriedade.
“Foi onde ele depositou o corpo lá, e o caseiro fechou com a terra, aterrou, vamos dizer assim, e por lá permaneceu o corpo da adolescente”, afirmou o delegado Ericson Salles Abufares em entrevista coletiva..O empresário negou ter mantido relações sexuais com a jovem.
O empresário informou que ela teria, de fato, pedido emprego, levado o currículo. A garota havia trocado carícias com um funcionário e, posteriormente, ela teria localizado um vidro com cocaína e acabou usando a droga e teria, ali dentro da empresa, no momento da entrevista, acabado morrendo. Ele admitiu que conhecia a jovem, e em maio do ano passado eles teriam saído uma vez.
Em dezembro do ano passado, a adolescente retornou e acabou morrendo na empresa, e foi enterrada no sítio em Nova Granada. Essa foi a versão apresentada à Polícia Civil.
O delegado pretende colher mais informações e entender o que, de fato, aconteceu no dia da entrevista de emprego. E como o corpo foi levado para a propriedade rural.
Um laudo necroscópico do corpo já foi solicitado para entender as causas da morte e auxiliar nas investigações.
A defesa dos acusados nega o envolvimento deles no crime. A versão a ser apresentada é de que a adolescente teve uma overdose, por conta do uso de cocaína. E que, no desespero, pela morte ter acontecido na empresa, o empresário decidiu enterrar o corpo no sítio.
A família da jovem registrou o desaparecimento dela na Polícia Civil no ano passado. A mãe disse que perdeu o contato com a família em dezembro do ano passado.