Coronel Fabio Candido e Motta devem participar de ato convocado por Bolsonaro em São Paulo

Rodrigo Lima
Coronel Fabio Candido durante visita ao deputado federal Luiz Carlos Motta em Rio Preto/imagem – Rodrigo Lima 11/11/2023

Pré-candidato a prefeito de Rio Preto na eleição de outubro, o Coronel Fabio Candido, comandante da Polícia Militar na região, tem o seu nome no topo dos bolsonaristas que deverão participar de ato em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro , no dia 25 de fevereiro, em São Paulo. O deputado federal Luiz Carlos Motta, presidente do PL local, também deverá marcar presença na avenida Paulista.

A presença de pré-candidatos que pretendem disputar a eleição deste ano sob as bênçãos de Bolsonaro interpretaram o vídeo divulgado pelo ex-presidente no início desta semana como uma espécie de “convocação” para garantir apoio durante o processo eleitoral. A ideia ainda é tentar gerar empatia com o grupo bolsonarista nos seus respectivos municípios.

Bolsonaro quer usar a manifestação para se “defender” das recentes acusações de golpismo que ensejaram operações da Polícia Federal contra ele e aliados nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, 14, ele pediu a devolução do seu passaporte (leia abaixo)

Entre presidente de legendas da cidade, porém, apenas o apoio de Bolsonaro não seria suficiente para levar Candido, que deve se filiar ao PL, ao segundo turno da eleição. Ele tem como pré-candidato a vice-prefeito na chapa Fábio Marcondes, secretário municipal de Esportes. Em entrevista ao Diário do Rodrigo Lima, Motta falou sobre a dobradinha do PL – clique aqui para assistir.

Eles devem enfrentar entre os pré-candidatos a prefeito: os deputados estaduais Valdomiro Lopes (PSB) e Itamar Borges (MDB), além da secretária estadual de Esportes, Helena dos Santos Reis, que é pré-candidata do Republicanos na sucessão do prefeito Edinho Araújo (MDB). No campo da esquerda, o pré-candidato é o ex-vereador Marco Rillo (PT).

Passaporte 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de sua defesa, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) devolva seu passaporte, que foi apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado no país.

Os advogados argumentam que a apreensão não preenche requisitos legais, por não ter sido demonstrado, segundo a defesa, risco real de fuga, por exemplo. Eles pedem que a retenção do passaporte seja substituída pela obrigação de pedir autorização para deixar o país por mais de sete dias.

No pedido, a defesa sustenta que Bolsonaro “desde o início do processo tem cooperado de maneira irrestrita com as autoridades, comparecendo pontualmente a todos os chamados e colaborando ativamente para o esclarecimento dos fatos”.

A apreensão do passaporte foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-Geral da República. Essa foi a única medida cautelar tendo Bolsonaro como alvo. Os demais investigados, incluindo militares de alta patente, também tiveram os passaportes apreendidos, bem como foram proibidos de se comunicar entre si.

A defesa do ex-presidente sustenta ainda que a retenção do passaporte viola o direito à locomoção e teria adquirido caráter de antecipação de pena. Para os advogados, Bolsonaro “está sendo tratado como culpado, não só por este Juízo como também pelos veículos de comunicação”.

Na petição, os advogados acrescentam que durante todo o ano de 2023 Bolsonaro precisou se ausentar do país apenas uma vez, para comparecer à posse do presidente argentino Javier Milei, e que avisou sobre a viagem ao Supremo com antecedência.
(Com Agência Brasil)

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