O município de Rio Preto está enfrentando uma grave crise de saúde pública devido ao aumento dos casos de dengue. Para enfrentar esse desafio, o prefeito Fábio Candido (PL) anunciou uma série de medidas inovadoras, incluindo o uso de drones para monitorar e combater os focos do mosquito Aedes aegypti. Um mutirão da limpeza foi iniciado na cidade nesta segunda-feira, 6, na avenida Murchid Homsi.
O primeiro passo no combate à dengue foi identificar as áreas mais problemáticas da cidade. A Prefeitura mapeou aproximadamente 600 áreas abandonadas e 100 pontos de descarte clandestino de materiais, que são locais propícios para a proliferação do mosquito. Com o apoio de 170 colaboradores e 52 máquinas, incluindo caminhões, a cidade iniciou um mutirão de limpeza e corte de árvores para eliminar esses criadouros.
A ação é uma parceria entre diversas secretarias municipais e a CPFL, que forneceu pessoal adicional para o esforço. Essa colaboração visa melhorar significativamente a situação dos criadouros de larvas do Aedes aegypti, reduzindo assim a incidência da dengue na região.
Além das ações de limpeza, a Prefeitura implementou medidas para melhorar o atendimento à saúde da população afetada pela dengue. Duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) tiveram seus horários de atendimento estendidos até as 22 horas para atender à crescente demanda. A telemedicina também foi reativada, permitindo que os pacientes recebam consultas e prescrições médicas online, agilizando o processo de diagnóstico e tratamento.
O centro de hidratação na UPA do Jaguaré está sendo monitorado para garantir que possa atender a todos os pacientes. Caso necessário, o complexo da Swift será utilizado para ampliar o atendimento, garantindo suporte adequado durante essa crise de saúde pública.
Candido declarou estado de emergência em saúde pública em Rio Preto devido à gravidade da situação. Ele destacou que as autoridades de saúde, com base nos números alarmantes de casos e óbitos, confirmaram a necessidade dessa medida. A população foi orientada a eliminar qualquer depósito de água parada, que serve como criadouro para o mosquito.
A conscientização é um ponto-chave nessa luta, e o prefeito utiliza a imprensa como uma ferramenta crucial de comunicação entre o governo e os cidadãos, reforçando a necessidade de colaboração de todos para combater a dengue.
Uso de Drones
Uma das inovações mais significativas no combate ao Aedes aegypti em Rio Preto é o uso de drones para monitorar áreas de difícil acesso e verificar focos de água parada. Os drones permitirão uma fiscalização mais eficaz das áreas de obras e terrenos particulares, onde muitas vezes há resistência à entrada dos agentes de saúde.
Além de monitorar, os drones serão utilizados para aplicar multas em casos de descarte irregular de resíduos. A Prefeitura espera que essa medida desestimule a prática e promova uma colaboração mais ativa da população na manutenção da limpeza urbana.
A pasta de Serviços Gerais será a responsável pela contratação do equipamento.
Alerta
A situação em Rio Preto é grave, com a circulação dos tipos 2 e 3 do vírus da dengue, que são mais agressivos e resultaram em um número maior de internações e óbitos. O governo municipal, ciente da seriedade do problema, está determinado a implementar ações eficazes e contínuas para conter a epidemia.
O prefeito ressalta que a administração está apenas começando a enfrentar esses desafios e que a colaboração da população é vital para o sucesso das medidas adotadas. Ele expressa esperança de que, com o esforço conjunto de governo e cidadãos, Rio Preto possa superar essa crise de saúde pública.
Segundo o prefeito, a luta contra a dengue em Rio Preto é um esforço coletivo que requer a participação de todos. O uso de drones representa um avanço tecnológico significativo na fiscalização e combate aos criadouros do mosquito, mas a conscientização e colaboração da população são essenciais para o sucesso das iniciativas.
Com um plano abrangente que combina tecnologia, expansão de serviços de saúde e ações de limpeza, a cidade está se mobilizando para vencer a batalha contra a dengue. “As pessoas jogam o lixo na rua e nós vamos monitorar. Vamos multar”, afirmou o secretário de Serviços Gerais, José Heitor dos Santos.