Confusão na UPA Norte mobiliza PM e termina em registro de injúria, vias de fato e desacato em Rio Preto

Rodrigo Lima
Caso foi registrado na Central de Flagrantes de Rio Preto/imagem – Rodrigo Lima 1/04/2025

Uma confusão registrada na noite de quarta-feira (11), por volta das 19h20, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA_ Norte, em São José do Rio Preto, mobilizou a Polícia Militar e Guarda Municipal e resultou em um boletim de ocorrência com acusações de injúria, vias de fato e desacato. O tumulto teria sido provocado por insatisfação de pacientes com a demora no atendimento médico, segundo relatos policiais registrados na Central de Flagrantes.

Conforme o boletim de ocorrência, tudo começou quando uma mulher de 21 anos teria invadido um dos consultórios para questionar a demora e acabou discutindo com uma funcionária da unidade. Acompanhada da mãe, de 43 anos, e do companheiro, um homem de 23 anos, o grupo teria sido advertido para se retirar da área médica. A situação, no entanto, saiu do controle e o caso escalou com agressões verbais e físicas.

De acordo com o registro policial, o rapaz foi até a recepção, onde teria xingado uma funcionária e ameaçado “quebrar tudo e xingar até a vaca entre outros dizeres”. Em seguida, a jovem de 21 anos teria cuspido no rosto da funcionária. A mãe dela também teria se dirigido ao recepcionista e o agredido com um tapa na face. Ainda segundo a ocorrência, os envolvidos começaram a “inflamar a população contra os funcionários”.

A Polícia Militar foi acionada e, diante da situação, informou que todos seriam levados à delegacia. Contudo, foi registrado que dois dos envolvidos se negaram a comparecer, alegando que iriam para casa. Apenas o homem foi conduzido, sendo necessário, segundo o boletim, o uso moderado da força devido à resistência.

No plantão policial, a mulher e a jovem não permaneceram para o procedimento de oitiva. A terceira envolvida, vítima de agressão verbal, permaneceu na delegacia, mas dispensou atendimento médico. O homem também apresentou lesões leves e teve o celular danificado no tumulto, mas dispensou atendimento.

A Polícia Civil orientou as vítimas quanto ao prazo de seis meses para possível representação criminal por queixa-crime. O boletim de ocorrência foi classificado como de autoria conhecida e os crimes registrados incluem injúria (art. 140), vias de fato (art. 21 da Lei de Contravenções Penais) e desacato (art. 331 do Código Penal).

A presidente do Sindicato dos Médicos, Merabe Muniz, esteve no local e gravou um vídeo. “Devido à falta de profissionais e dimensionamento adequado de equipes, a unidade bateu quase 7 horas de atraso. Com essa situação houve confronto físico de acompanhante com profissional da recepção, a GCM e a polícia militar precisaram ser acionadas”, escreveu a médica nas redes sociais.

Todos os envolvidos foram liberados após os trâmites iniciais, e o caso foi encaminhado para apuração junto à delegacia da área dos fatos.

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