O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, falou sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à posse de drogas nesta quarta-feira, 17, em Rio Preto. Ele expressou sua preocupação e ressaltou que essa decisão pode fortalecer o crime organizado e dificultar a distinção entre usuários e traficantes, o que representa um desafio significativo para as forças policiais. “Como o policial vai saber se é usuário ou traficante?”, questionou.
Derrite acredita que o Congresso Nacional possa mudar a situação, já que a decisão do Supremo define que não é crime ter até 40 gramas de maconha. “Vejo com muita preocupação porque não existe uma cadeia produtiva legal da droga no Brasil. Não existe uma empresa que gera emprego e pague impostos produzindo a substância maconha para que ela seja vendida em uma economia lícita. Uma decisão como essa, no meu ponto de vista, acaba fortalecendo o crime organizado”, afirmou Derrite, que participou da solenidade de posse do Coronel Márcio Cortez, como novo comandante da Polícia Militar na região de Rio Preto.
A Polícia Militar de São Paulo está ampliando o uso de câmeras corporais, passando de 10 mil para 12 mil câmeras. A empresa vencedora do pregão eletrônico para fornecimento das câmeras foi a Motorola, submetida à prova de conceito. A distribuição das câmeras será feita de acordo com critérios técnicos estabelecidos pela polícia militar.
De acordo com o secretário, a ampliação do uso de câmeras corporais pela Polícia Militar traz benefícios significativos, como maior transparência nas ações policiais, além de contribuir para a segurança tanto dos policiais quanto dos cidadãos. Ele considera que a medida representa um avanço tecnológico importante para o estado de São Paulo.
Derrite ressaltou a importância do trabalho integrado entre as forças policiais e como isso tem contribuído para a redução de homicídios na região. No primeiro semestre de 2024, a região de Rio Preto e todo o estado de São Paulo têm apresentado uma redução nos índices de homicídios em comparação ao ano anterior. Esse resultado é fruto do trabalho sério de investigação, qualificação e identificação dos criminosos, refletindo o compromisso em preservar a vida e promover a segurança da população.
Rota caipira
O secretário abordou ainda a estratégia de combate ao crime organizado e a eficiência na apreensão de grandes quantidades de drogas, destacando a importância do setor de inteligência e a busca pela captura das lideranças do crime organizado.
“O setor de inteligência desempenha um papel fundamental na identificação e apreensão de grandes quantidades de drogas, como parte da estratégia de combate ao crime organizado. A capacidade de rastrear e desmantelar redes de tráfico de drogas é essencial para a eficácia das operações policiais”, afirmou Derrite
Além das apreensões, a busca e captura das principais lideranças do crime organizado é uma prioridade na estratégia de combate ao tráfico de drogas. A desarticulação das lideranças têm o potencial de enfraquecer as organizações criminosas e reduzir o fluxo de drogas ilícitas.