Considerada uma das maiores cantoras do Brasil, Gal Costa morreu nesta quarta-feira, 9, aos 77 anos. Após passar por cirurgia, a artista não estava realizando shows. Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos.
Gal Costa iniciou sua carreira em 1965 ao fazer parceria com Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era “Maria da Graça” quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.
Ela é autora de clássico como: “Baby”, de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. “Divino maravilhoso” (de Gil e Caetano) foi outra que teve destaque no movimento tropicalista.
Ao longo da carreira de 57 anos, ela trabalhou também com Jorge Ben Jor com “Que pena (Ela já não gosta mais de mim)” e foi pelo rock com “Cinema Olympia”, mais uma de Caetano. “Meu nome é Gal”, de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.
Ao gravar “Pérola negra”, em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou “Vapor barato”, mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.
Mas a sua principal parceria foi com Gil e Caetano, mas trabalhou com outros trabalhos de compositores como Cazuza (“Brasil”, 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um dia de domingo”, de 1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de longe”, 2018).
Gal Costa estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual relembrava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel” eram algumas das músicas do repertório.