Um bebê, de apenas oito meses de vida, realizou uma cirurgia cardíaca em Rio Preto após determinação judicial motivada por ação da Defensoria Pública de Mato Grosso. Logo que se recuperou da cirurgia realizada em abril, a criança recebeu alta hospitalar e retornou à casa da mãe. Neste mês a criança fez a consulta de retorno no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) para acompanhamento.
Segundo a mãe do bebê, a evolução está dentro do esperado e ele está se recuperando bem. Ele, que mora com sua mãe em Poxoréu (252 km de Cuiabá), foi diagnosticado com malformações congênitas dos septos cardíacos, com alto risco de desenvolvimento de hipertensão pulmonar irreversível, com dificuldade de ganho de peso e risco de morrer (cardiopatia de caráter cirúrgico), conforme relatório médico.
Segundo a família, a cirurgia foi bem-sucedida. Após o procedimento, o bebê ficou internado no HCM.
Entenda o caso
A família do bebê buscou a defensoria pública para garantir o atendimento necessário pela rede pública municipal de saúde, já que a família não teria condições de arcar com todos os custos da cirurgia, estimado em mais de R$ 152 mil, entre transporte, cirurgia e retorno.
Por isso, a principal fundamentação do pedido é a prioridade no atendimento, a imediata disponibilização da cirurgia cardíaca para correção de malformações congênita dos septos cardíacos, aliada a inexistência de condições financeiras da genitora para custear todo o procedimento pela iniciativa privada, sem prejuízo do sustento próprio.
“Eu gostaria de enaltecer o esforço da equipe. A região de Poxoréu possui enorme carência na área de saúde. Durante a atuação de meu antecessor, Dr. Nelson Gonçalves De Souza Junior, houve uma intensificação da atuação da Defensoria Pública nesta seara, o que levou ao conhecimento da população o nosso trabalho. Casos envolvendo crianças naturalmente sensibilizam em dobro a equipe do núcleo e, referente a esse caso, por envolver, além de cirurgia cardíaca, a necessidade de UTI aérea, demandou profundos esforços administrativos e jurídicos, realizados, respectivamente, pelos servidores Meira Neto e Eglenio Soares”, afirmou o defensor Marcelo Fernandes de Nardi.