O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva (sem prazo para acabar) de 11 suspeitos de cometer atos de vandalismo em Brasília, no dia 12 de dezembro de 2022. Quatro pessoas já foram presas e outras sete estão foragidas desde quando houve a determinação judicial.
Agentes federais tentam localizar os foragidos desde que a operação começou no final do ano passado. Em tese, os prazos para as prisões temporárias autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) já teriam se encerrado. Entre os procurados está um homem que é suspeito de participação na colocação da bomba próximo a caminhão de querosene nas proximidades do aeroporto de Brasília.
De acordo com a decisão de Moraes, as provas existentes no processo demonstram que os investigados ameaçaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os demais ministros do Supremo “de forma organizada e coordenada com o objetivo de impedir o exercício dos poderes”. Ele apontou ainda a existência de indícios de materialidade nos crimes de dano qualificado, incêndio, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Moraes afirmou ainda que, por se tratar de investigação de crime de associação criminosa, há possibilidade da liberdade dos suspeitos colocarem em risco a coleta de novas provas. Além disso, o ministro registra que os atos antidemocráticos não cessaram completamente, uma vez que atos golpistas continuam sendo conduzidos em alguns pontos do país.
A investigação da PF apura o episódio em que bolsonaristas tentaram invadir o prédio- sede da corporação no centro de Brasília. O plano não deu certo e o grupo então praticou atos de vandalismo, como a destruição de veículos.
O início dos ataques foi após a prisão do líder indígena bolsonarista José Acácio Serene Xavante, acusado de ameaçar e perseguir o presidente Lula. Os crimes foram cometidos na noite do dia 12 de dezembro, mesma data em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).