O deputado estadual Tenente Coimbra (PL), presidente estadual da juventudade do PL, afirmou nesta quarta-feira, 24, em São José do Rio Preto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de perseguição e classificou como “absurdo jurídico” as ações judiciais que miram o ex-mandatário. Segundo ele, decisões com viés político estariam sendo disfarçadas de medidas legais.
“Todos nós estamos vendo o absurdo jurídico que está acontecendo no Brasil. Ações políticas travestidas de jurídicas”, disse Coimbra. Para o parlamentar, as acusações de tentativa de obstrução de Justiça envolvendo Bolsonaro não têm fundamento. “Hoje estão perseguindo por uma ação de outro país, colocando como se ele estivesse fazendo qualquer tipo de obstrução da Justiça, o que é mentira.”
O deputado também mencionou episódios anteriores envolvendo o ex-presidente, como a reunião com embaixadores em 2022, que foi usada como argumento para torná-lo inelegível. Para ele, a iniciativa não justificaria a punição. “Tentar deixar ele inelegível por uma reunião com embaixadores, desculpa, isso não funciona em uma democracia plena.”
Mobilização da direita
Coimbra afirmou que a base bolsonarista tem se articulado para reagir ao que chama de injustiças. “A gente vai ter as nossas manifestações de rua, elas estão aumentando”, declarou. Segundo ele, o foco está nas eleições de 2026. “Vamos mudar de vez o rumo do Brasil e retornar para o rumo que ele não deveria ter saído desde 2022.”
Questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro disputar as eleições presidenciais, o deputado respondeu que a direita luta por sua participação e voltou a defender a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro.
“Estamos lutando principalmente pela anistia. As pessoas estão presas há mais de três anos por ter escrito de batom, por ter furtado uma bola ou por simplesmente ter adentrado num prédio público”, afirmou. “A anistia ampla para todos e, se estivermos vivendo uma democracia, que o presidente Bolsonaro possa concorrer.”
Críticas ao sistema penal
Na avaliação do parlamentar, o sistema de Justiça trata com mais rigidez os réus ligados à direita do que criminosos comuns. “Enquanto a gente vê traficantes, estupradores, homicidas saindo pela porta da frente, e corruptos também, os nossos seguem presos injustamente”, declarou.
Coimbra defendeu que os investigados e condenados pelos atos golpistas não deveriam estar cumprindo pena, sob a alegação de que não cometeram crimes. “Quem cumpre pena é quem comete crime, e eles não cometeram crime.”
O deputado afirmou ainda que o objetivo das manifestações e da mobilização política é assegurar que Bolsonaro possa voltar a ser candidato. “A população deve decidir se quer ou não”, disse.