A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira, 27, a Operação Kangal, uma megaoperação policial voltada ao combate de crimes como furto, roubo, receptação de celulares, tráfico de drogas e posse ilegal de armas. A ação ocorre em 31 cidades da região noroeste do estado, incluindo Rio Preto, e mobiliza cerca de 150 agentes de segurança.
Com um total de 78 mandados de prisão temporária e preventiva e outros 57 de busca e apreensão expedidos, a operação já resultou em 80 prisões e na apreensão de 11 armas de fogo, além de 224 celulares roubados ou furtados. Em entrevista coletiva que contou com a participação do Diário do Rodrigo Lima, o delegado-assistente da Delegacia Seccional de Polícia de Rio Preto, Alexandre Arid, detalhou os objetivos da iniciativa.
“A intenção da Polícia Civil ao deflagrar essas operações é demonstrar para a sociedade que estamos atentos ao aumento ou variação dos índices criminais”, explicou o delegado. “Dessa forma, atacamos diretamente os crimes que estão mais em alta no momento.”
Arid destacou ainda que a ação busca desarticular redes criminosas que operam o roubo e a receptação de celulares e eletrônicos, além de coibir o tráfico de drogas, crime que segue sendo uma das principais preocupações da polícia. “Não são apenas os roubos e furtos, mas também a cadeia criminosa que envolve a revenda desses itens e os grupos envolvidos no tráfico de entorpecentes”, pontuou.
A Operação Kangal é fruto de investigações extensas, planejadas com antecedência para garantir a eficácia das prisões e apreensões. “Antes de deflagrar uma operação como essa, fazemos um planejamento logístico detalhado para garantir o melhor aproveitamento da ação”, explicou o delegado.
Com o avanço das diligências, novos dados foram sendo atualizados. “Até o momento, conseguimos cumprir 50 mandados de busca e apreensão e 46 ou 47 mandados de prisão, além de termos efetuado 33 prisões em flagrante. Apreendemos também armas de fogo, drogas, dinheiro e outros objetos relacionados ao crime”, disse Arid.
Receptação de celulares
Entre os crimes mais combatidos na operação, está o roubo e furto de celulares, que vem crescendo ano a ano. A ação da polícia busca não apenas prender os responsáveis, mas também recuperar e devolver os aparelhos às vítimas.
“A população precisa registrar boletins de ocorrência. Tudo começa a partir desse registro”, ressaltou Arid. “Com os dados em mãos, o setor de inteligência da polícia pode traçar padrões, identificar pontos de maior incidência e direcionar recursos para combater essa modalidade criminosa”.
A Operação Kangal continuará ao longo do dia, com a expectativa de novas prisões e apreensões. Segundo a Polícia Civil, a ação faz parte de um conjunto de estratégias que visam inibir a criminalidade e aumentar a segurança da população.
“Tirar armas e criminosos das ruas significa evitar crimes futuros”, concluiu Arid. “Uma arma apreendida hoje poderia ser usada para um assalto ou até um homicídio amanhã. O trabalho continua”.