VEJA VÍDEO – Dig prende integrantes de quadrilha que furtaram R$ 1,5 milhão em ouro de empresa em Rio Preto

Rodrigo Lima

Após observar o aumento de furtos em fábricas de joias desde 2022, a Polícia Civil de Rio Preto passou a investigar o caso. Esses crimes, que envolvem a subtração de grandes quantidades de ouro, causaram prejuízos milionários às empresas afetadas. Em novembro de 2023, foi registrado furto no valor de R$ 1,5 milhão.

A investigação realizada pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) revelou que esses furtos não eram atos isolados, mas sim a atuação de uma quadrilha altamente especializada. Essa quadrilha demonstrava um modus operandi sofisticado, com uma divisão de tarefas entre diferentes células criminosas.

Modus Operandi

De acordo com as informações obtidas pelo delegado Paulo Buchala polícia, a quadrilha agia da seguinte forma:

  • Membros da quadrilha vinham de São Paulo para monitorar as fábricas de joias em Rio Preto dias antes do crime.
  • No domingo, pela manhã, eles invadiam as empresas, perfurando a parede de divisa para criar um buraco de acesso.
  • Outro grupo fazia uma vistoria para identificar a localização do cofre e verificar a presença de câmeras de segurança.
  • À noite, um terceiro grupo retornava para arrombar o cofre e levar o ouro.
  • Após o roubo, o ouro era levado para a região central de São Paulo, na praça da Sé, onde era derretido e reintroduzido no mercado como ouro lícito.

De acordo com Buchala, essa divisão de tarefas demonstra a especialização da quadrilha, com cada célula responsável por uma etapa específica da operação.

Após uma extensa investigação de campo, a equipe da DIG conseguiu identificar seis integrantes da quadrilha. “No dia 7 de maio, a Operação Mercúrio foi deflagrada, resultando na prisão de quatro suspeitos em São Paulo”. afirmou o delegado.

Durante os depoimentos, apenas um dos presos confessou os fatos. Os outros três optaram por ficar em silêncio. A polícia também identificou um possível financiador da quadrilha, que teria a função de receber o ouro roubado, pagar as despesas e posteriormente obter o lucro com a venda.

Além disso, a investigação revelou que dois dos integrantes presos também estariam envolvidos em roubos a bancos, demonstrando a violência e a diversificação das atividades criminosas da quadrilha.

Prejuízo milionário

De acordo com as informações da Polícia Civil, os furtos investigados pela equipe da DIG resultaram em prejuízos que variam de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. Esses valores elevados evidenciam o impacto significativo que essa quadrilha teve sobre as empresas joalheiras de Rio Preto.

Os quatro suspeitos presos temporariamente serão representados pela prisão preventiva, sendo investigados pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A investigação prossegue para identificar os demais integrantes da quadrilha e os receptadores do ouro roubado, que também responderão pelo crime de receptação.

A Polícia Civil destaca que, mesmo com a adoção de medidas de segurança pelas empresas, a quadrilha conseguiu permanecer no local por aproximadamente 12 horas, realizando as diferentes etapas do crime. Essa constatação reforça a necessidade de um aprimoramento constante dos sistemas de segurança para coibir ações dessa natureza.

A desarticulação dessa quadrilha especializada em roubo de ouro em Rio Preto representa um importante avanço no combate à criminalidade organizada na região. A investigação minuciosa da Polícia Civil, com a identificação dos integrantes e a compreensão do modus operandi da quadrilha, permitiu a prisão de parte dos envolvidos e a continuidade das apurações para a responsabilização de todos os criminosos.

 

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