Um dos maiores traficantes do Brasil, Lourival Máximo da Fonseca, conhecido como ‘Tião’, foi capturado durante uma operação na Bolívia, e será entregue às autoridades brasileiras, onde é procurado por crimes ligados ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele é considerado um dos principais traficantes da Rota Caipira, que passa por Rio Preto.
‘Tião’ foi alvo da Operação Alfa da Polícia Federal na região, responsável por desmantelar quatro organizações criminosas que introduziram a cocaína boliviana no Brasil. Na época, a investigação foi coordenada pelo então delegado André Luiz Previato Kodjaoglanian, que atualmente é vice-prefeito em Lins. O traficante, que atuou na região de Rio Preto, tem mandado de prisão expedido, em 2010, pela 2ª vara federal de Rio Preto em aberto.
O ministro do Governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, anunciou que o traficante será entregue ao Brasil, onde tem mandados de prisão em vigor até 2050. Houve tiroteio na operação que culminou na prisão do traficante. O governo indica que ‘Tião’ está entre os criminosos mais procurados do país. Clique aqui para ver.
Quem é?
Nascido em 9 de fevereiro de 1968, em Cristália (MG), Lourival Máximo da Fonseca Tião é hoje um dos brasileiros mais procurados pelos agentes da Força Especial da Luta contra o Narcotráfico (Felc-N), a polícia antidrogas da Bolívia. Atualmente, ele é um dos traficantes que mais envia cocaína e pasta base de coca daquele país para o Brasil, por meio de aviões que saem de território boliviano com destino ao país.
Em anos anteriores, o Ministério Público Federal (MPF), apontou que a organização criminosa de Tião lançava droga em propriedades rurais dentro do território nacional, próximo à fronteira boliviana. Ele usa identidades falsas de Sebastião Miranda Cardoso e Andress Gonçalves de Oliveira e, de acordo com o MPF, mora no Brasil e na Bolívia.
Segundo o MPF, a droga é comprada na Bolívia, de atravessadores de Santa Cruz de la Sierra. Os procuradores conseguiram indícios disso ao analisar a movimentação financeira dele com estrangeiros
De acordo com a investigação na época, o traficante vendia para a maior facção de tráfico de drogas do Brasil, que opera a partir de São Paulo, para outras organizações e atravessadores no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e no Centro-Oeste, principalmente Brasília e Goiânia. Segundo a PF, ele teria ainda uma conexão na Europa para exportação da droga.