A juíza da 125º Zona Eleitoral de Rio Preto, Luciana Cassiano Zamperlini Cochito, determinou a citação do vereador reeleito Renato Pupo (Avante) em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aija). A ação foi proposta pelo primeiro suplente do PRD, Professor Fernando, que aponta suposta fraude à cota de gênero na candidatura feminina do Avante no município.
A Aija aponta a suposta irregularidade na campanha da então candidata Áquila Borges Camilo, que recebeu sete votos na eleição de outubro. De acordo com a ação, além da votação inexpressiva, a candidata não teria realizado atos de campanha e apresentou prestação de contas eleitorais zeradas.
Professor Fernando aponta que a candidatura de Áquila teria sido “fictícia” apenas com o objetivo de cumprir a regra de apresentar a chapa com 30% de mulheres. “A candidata Aquila Borges nitidamente foi inserida apenas e tão somente para atender à cota de gênero, sendo certo que não praticou qualquer ato de campanha, não movimentou qualquer recurso financeiro”, consta em trecho de ação.
De acordo com a juíza, Pupo e Áquila têm cinco dias de prazo para apresentar defesa na Aija, que pede a cassação da diplomação do vereador reeleito do Avante.
De acordo com Pupo, o suplente do PRD não conhece a história da candidata. “Não sei da onde ele (Professor Fernando) tirou que seria uma candidatura fictícia”, afirmou o vereador do Avante durante sessão extraordinária na Câmara nesta quinta-feira, 20. Pupo disse que a candidata “tirou o pé” por ter base eleitoral mais alinhada à esquerda. “Professor Fernando foi muito infeliz”.
“Além dos esclarecimentos acima, importante lembrar que o AVANTE tinha oito candidatas e o mínimo exigido pela regra dos 30% eram sete. Portanto, sua candidatura não interferiu em nada. A falta de recebimento de recursos foi justamente porque não estava se movimentando. Candidaturas ‘laranjas’ normalmente fazem contrário, ou seja, recebem recursos e repassam a outros candidatos”, afirmou Pupo.