Saúde recebe equipe do Ministério da Saúde para debater epidemia de dengue em Rio Preto

Rodrigo Lima
Secretário da Saúde, Rubem Bottas, recebeu equipe técnica do Ministério da Saúde/imagem – Ivan Feitosa

Equipes do Ministério da Saúde estiveram nesta segunda-feira, 13, em Rio Preto, onde se reuniu com o secretário da Saúde, Rubem Bottas. A missão busca fortalecer a vigilância epidemiológica, a assistência à população e a reorganização dos serviços de saúde.

A capital do Espírito Santo, Vitória, será visitada pela equipe técnica nesta segunda-feira (13). Também estão no cronograma visitas de hoje a cidade de São José do Rio Preto (SP) e Rio Branco (AC). Na terça-feira (14), Foz do Iguaçu (PR) contará com o apoio da missão do Ministério.

A ação de vigilância é parte dos esforços do Ministério da Saúde para o controle da dengue e ouras arboviroses – antecipando atividades de prevenção para o período sazonal da doença. Em 9 de janeiro, em Brasília, a ministra Nísia Trindade anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses para acompanhar a situação em todo o país. Na oportunidade, ela também divulgou novo plano de contingência para ampliar medidas, preparar rede assistencial e conter avanço de casos.

Além do suporte técnico, os estados serão orientados a terem ações de educação em saúde e mobilização social para eliminar criadouros do mosquito. Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico no país, coordenando uma série de ações para o controle das arboviroses em todo o território nacional. Foi reservado o montante de R$ 1,5 bilhão para fortalecer as ações.

Na reunião, a Secretaria de Saúde de Rio Preto reforçou a situação de emergência em saúde pública que a cidade vive devido à epidemia de dengue, apresentou dados epidemiológicos e as medidas adotadas para enfrentamento da arbovirose.

A equipe do Ministério da Saúde enviará ao município novas tecnologias que auxiliam no combate ao mosquito Aedes aegypti, como as Estações Disseminadores Larvicidas (EDL), que facilitam a disseminação de larvicida em criadouros de mosquitos. As equipes da Vigilância serão treinadas para utilizar a EDL.

Outra tratativa refere-se à introdução do método Wolbachia na cidade, que se caracteriza pela contaminação da bactéria Wolbachi no mosquito Aedes, impedindo que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam no mosquito.

Testes rápidos
O Ministério da Saúde adquiriu 6 milhões de testes rápidos, do tipo NS1, da fabricante Abbott, com sensibilidade acima de 95%. Parte dessa remessa será encaminhada a Rio Preto.

Leitos
Para a assistência, será solicitado formalmente ao Ministério da Saúde recursos financeiros para ampliar leitos hospitalares destinados a pacientes com dengue. “O secretário de saúde agradeceu a parceria e se colocou à disposição para colaborar com o Ministério”, consta em nota.

Cenário epidemiológico nas regiões visitadas

  • São Paulo registrou 2.181.372 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 7,3 mil casos até o momento. Em São José do Rio Preto, foram 35.678 notificações em 2024 e 1.834 casos prováveis de dengue até o momento em 2025;
  • O Paraná registrou 655.488 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 1.327 casos até o momento. Em Foz do Iguaçu, foram 15.611 notificações em 2024 e 91 casos prováveis de dengue até o momento em 2025;
  • O Acre registrou 7.409 casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 412 casos até o momento. Em Rio Branco, foram 1.579 notificações em 2024 e 212 casos prováveis de dengue até o momento em 2025;
  • O Espírito Santo registrou 163 mil casos prováveis de dengue em 2024. Em 2025, foram notificados 3.778 casos até o momento. Em Vitória, foram 18.598 notificações em 2024 e 247 casos prováveis de dengue até o momento em 2025.
    Cenário epidemiológico no Brasil

Em 2025, com base em modelagens, há previsão de aumento na incidência de casos em seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Esses estados estão sendo monitorados ainda mais de perto, mas o Ministério da Saúde reforça que todas as unidades da Federação terão ampla assistência do governo federal.

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