Promotor investiga falhas em concurso público de Icém

Rodrigo Lima
Promotor de Justiça Sérgio Clementino decidiu abrir investigação após representação/imagem – divulgação

O Ministério Público instaurou inquérito civil para apurar supostas irregularidades em concurso público realizado pela Prefeitura de Icém. A representação foi entregue pelos vereadores João Ribeiro da Silveira Neto, Rogério de Souza Borges e Aparecido Sabino da Rocha apontando possíveis falhas no concurso feito pela empresa Phoemix Service Consultoria e Administrativos.

“Os denunciantes relataram que alguns funcionários os procuraram assustados e perplexos ao presenciar conversas na prefeitura onde pessoas do alto escalão citavam quem iria ser aprovado no concurso, relatando também que já circulava uma lista com os nomes dos aprovados antes mesmo da realização da prova, entre eles: familiares de vereadores, funcionários já concursados, comissionados, apadrinhados políticos do Prefeito Oscar e da Primeira Dama e vereadora Ana Maria Borges Mesquita”, consta em trecho da apuração aberta pelo promotor de Justiça Sérgio Clementino.

O Ministério Público apura informação de que a empresa foi constatada por dispensa de licitação. Clementino vai avaliar apontamento de que dos 36 nomes apontados na lista 27 foram aprovados no concurso, a grande maioria nas primeiras colocações.

Ele vai levar em consideração a “análise realizada dos recursos do gabarito onde foram encontradas irregularidades, tendo em vista que deferiram recursos para alteração de alternativa, entretanto, no gabarito anularam essas questões, bem como teriam havido questões que citariam artigos de forma errônea, com alternativas idênticas”.

E ainda a informação de que “alguns gabaritos foram preenchidos a mão e outros possuem sinais de rasuras”.

O prefeito Oscar Luiz negou a existência de irregularidades na aplicação das provas ou no concurso. Ele disse que caberá ao Ministério Público apurar o caso e apontar possíveis erros. “Sofro uma perseguição ferrenha”, afirmou o prefeito que não pretende cancelar o concurso público. “Só com determinação judicial”.

O promotor determinou que a empresa e o Executivo se manifestem sobre as acusações no prazo de 30 dias. Representantes da empresa não foram encontrados nesta sexta-feira, 10, para comentar o assunto.

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