O pastor da Primeira Igreja Batista (PIB) de Rio Preto, Adilson Santos, participou da gravação do Podcast Diário do Rodrigo Lima e falou sobre o conflito entre Israel e Hamas dentro de um contexto bíblico. “Alguém no Brasil acha que o Hamas é como se fosse o MST. Lutando pela terra, não é”, afirmou Santos. “Israel agora, infelizmente, vai se utilizar dessa oportunidade para tentar acabar com o Hamas”.
Ele afirmou ainda que estava prevista uma viagem de um grupo da PIB para Israel neste mês de outubro, mas acabou sendo adiada para 2024. “A gente ora. A gente pede a Deus que o conflito se encerre de uma maneira sobrenatural. A nossa oração é que os inocentes sejam poupados. A gente ora por Israel e a gente ora apelos palestinos e condenamos os atos de terrorismo”, afirmou Santos durante o Podcast.
Os primeiros ataques do grupo extremista islâmico Hamas em uma festa rave completa uma semana neste sábado, 14. Essa ofensiva deu início a um novo capítulo sangrento no histórico conflito entre esse grupo e o exército israelense. As características do ataque, com centenas de mortes de civis e outras vítimas sendo levadas como reféns, levantou a questão sobre a denominação do Hamas como um grupo terrorista.
O pastor fez um resgate da história com base bíblica para explicar a tensão na região, principalmente, na Faixa de Gaza. Ele lamentou o ataque terrorista do Hamas. “Pedimos a Deus misericórdia sobre os inocentes. Abençoando Israel e os inocentes palestinos na Faixa de Gaza”, afirmou.
A violência em Israel e na Palestina segue com intensos bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. Autoridades locais já contabilizam 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos. Há pelo menos 180 mil desabrigados.
Em Israel, segundo a emissora pública Kan, o número de mortos havia aumentado para 1,3 mil desde o último sábado, quando começaram os ataques violentos promovidos pelo grupo islâmico Hamas.
Quem é o Hamas
O Hamas, nome que significa, em árabe, Movimento de Resistência Islâmica, é um movimento palestino constituído de uma entidade filantrópica, um braço político e um braço armado. Foi criado em 1987, no contexto da 1ª Intifada, que foi uma das revoltas Palestinas contra a ocupação de Israel.
Em 2006, o Hamas derrotou o Fatah nas eleições legislativas para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), conquistando o direito de formar o novo governo. Os dois partidos, no entanto, entraram em conflito. O Hamas expulsou o Fatah da Faixa de Gaza. Em resposta, o Fatah rejeitou o governo de unidade e se manteve à frente da ANP, que passou a ter uma administração política voltada para as áreas da Cisjordânia.
O Hamas não reconhece o Estado de Israel e briga pela independência de um Estado Palestino. Já Israel afirma que o território é seu e não tem como oferecer qualquer tipo de soberania a esse Estado palestino porque não haveria nenhuma garantia de segurança de que esse Estado não seria um posto avançado para atacar Israel.