PODCAST DRL – ‘Não dá certo fazer política na Saúde’, diz Eleuses; ele prevê até 8 candidatos a prefeito na sucessão de Edinho em 2024

Rodrigo Lima

O secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, afirmou que não se pode misturar política e saúde, principalmente, neste momento em que está em andamento a implantação do programa de regionalização. “Nunca deu certo”, afirmou Eleuses durante a gravação do Podcast Diário do Rodrigo Lima.

De acordo com o secretário, estão previstos a inclusão de 40 pequenos hospitais na região de Rio Preto com potencial de criação de 2 mil leitos para atendimentos de média complexidade. O objetivo é desafogar o Hospital de Base (HB) em Rio Preto, que continuaria sendo responsável pelo atendimento de casos de alta complexidade como cirurgias cardíacas e transplantes.

Eleuses afirma que há, na região, pequenos hospitais com “ocupação baixíssima”. Por isso, ele espera que 100% dos prefeitos da região de Rio Preto participem da regionalização da Saúde. O diretor regional de Saúde (DRS-15), médico Guilherme Camargo, também acompanhou a gravação do Podcast.

Durante o Podcast, o secretário estadual de Saúde falou sobre a disputa eleitoral de Rio Preto, onde é o principal cacique político do PSD. Ele, porém, garante que não participará diretamente das decisões partidárias, o que ficará a cargo dos representantes da legenda na cidade.

Entre as lideranças do PSD no município estão o diretor regional da Secretaria Estadual de Governo e Relações Institucionais, Igor Gonçalves, e o vereador Julio Donizete. Durante o Podcast, Eleuses afirmou que prevê o lançamento de até 8 candidatos a prefeito na eleição de Rio Preto em 2024. Ele afirmou ainda que deveremos ter nomes “novos” para disputar a sucessão do prefeito Edinho Araújo (MDB).

Regionalização

O Projeto de Regionalização da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) busca reorganizar as unidades de saúde e investimentos de acordo com as necessidades e demandas de cada região.

“O projeto de regionalização é importante para discutir a saúde não mais com uma visão municipal, mas com uma visão da assistência à saúde numa região. Nos dois dias que nós teremos pela frente com a Oficina, cada município vai apresentar os seus gargalos, as suas dificuldades, e nós vamos, conhecendo a capacidade instalada de cada município e a demanda histórica que nós temos na região, cruzar esses dois lados para ver a velocidade de atendimento e ampliar o acesso da população àquelas unidades que nós já temos construídas na região”, afirmou o secretário Eleuses Paiva.

O objetivo do programa é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. Atualmente, os municípios aplicam até 40% do seu orçamento na saúde, mas, devido à falta de integração das unidades, muitas vezes o cidadão ainda não tem suas necessidades atendidas. O projeto prevê a adequação dos ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais às necessidades regionais, efetivamente descentralizando o sistema de saúde.

O Programa de Regionalização da Saúde do Estado de São Paulo conta com a parceria do Cosems-SP e o apoio da OPAS, com a qual foi assinada a Carta de Cooperação Mútua para a qualificação e fortalecimento da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo. A parceria propõe buscar formas de entrosamento entre as instituições, para criar, manter e dinamizar redes permanentes entre os quadros funcionais e assegurar a cooperação entre eles.

As Macrorregiões que sediaram oficinas até o momento foram as de Araçatuba, Bauru, Taubaté, Marília, Rio Preto e Presidente Prudente. No dia 5 deste mês, uma reunião preparatória conduzida pelo secretário Eleuses Paiva fez uma avaliação daquilo que já foi realizado pelas Oficinas e definiu os objetivos para os eventos futuros.

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