
A Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) do Deinter-5, com sede em São José do Rio Preto, deflagrou nesta semana a segunda fase da Operação Fim da Linha, com foco na captura de criminosos foragidos da Justiça. O resultado da nova etapa impressiona: 13 foragidos de alta periculosidade foram localizados e presos, a maioria com mandados expedidos por crimes graves cometidos em estados do Nordeste.
A operação é fruto de uma ação articulada entre a Deic e a Polícia Federal do Rio Grande do Norte, e revela uma movimentação silenciosa, porém estratégica, de criminosos que buscam refúgio em São Paulo e outras regiões do Sudeste, fugindo das investigações e condenações em seus estados de origem – clique aqui para assistir o vídeo.
Alvos identificados em diversos municípios de SP e até no Paraná
Após o sucesso da primeira fase da operação, que prendeu 10 indivíduos — entre eles um integrante do Comando Vermelho —, os investigadores da Deic avançaram na identificação de outros foragidos. As apurações mostraram que os alvos estavam dispersos em diferentes regiões do estado de São Paulo e até no estado do Paraná, o que exigiu a colaboração de diversas unidades da Polícia Civil.
Unidades especializadas como a DIG de Araraquara, o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da capital, o GOE de Santo André, a Dise de Barueri, a Deic de Santos e a DIG de Votuporanga, além de várias delegacias municipais, participaram diretamente da ação, resultando em 11 prisões efetivadas em solo paulista.
Outros dois mandados foram cumpridos com apoio da Polícia Militar nas cidades de Piracicaba e São José dos Campos, consolidando o número de 13 capturas nesta segunda etapa da ofensiva.
Crimes graves e impacto social
A Operação Fim da Linha tem como foco a prisão de criminosos envolvidos em crimes de elevado grau de periculosidade e grande repercussão social. Entre os 13 detidos nesta fase, estão acusados de roubo, homicídio, estupro e tráfico de drogas — crimes com alto potencial lesivo e que colocam em risco a segurança da população.
De acordo com os investigadores da Deic, muitos desses criminosos usavam documentação falsa e adotavam uma rotina discreta, na tentativa de permanecerem “invisíveis” à Justiça. A atuação em conjunto com os setores de inteligência da Polícia Federal e das forças policiais estaduais foi crucial para a localização e captura dos foragidos.
Cooperação
A operação também se destaca pela integração inédita entre forças policiais estaduais e federais de diferentes regiões do país, num modelo de atuação cada vez mais necessário para enfrentar o crime organizado interestadual. A articulação entre as corporações permitiu troca de dados em tempo real, cruzamento de informações sobre os foragidos e planejamento estratégico de abordagens simultâneas.
Com 23 criminosos de alta periculosidade capturados desde o início da operação, a expectativa é de que novas fases sejam deflagradas nos próximos meses, já que outras investigações estão em curso. A Deic de Rio Preto reafirmou seu compromisso com o combate ao crime e destacou que nenhum foragido considerado perigoso ficará impune ou escondido, mesmo que mude de estado ou tente se esconder sob novas identidades.
A Operação Fim da Linha continua ativa, com investigações em andamento e novas diligências previstas para os próximos dias. A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque 181. A colaboração da população é essencial para garantir mais prisões e a segurança da sociedade.