O Ministério Público apontou a competência da Justiça de Rio Preto para julgar o crime de homicídio envolvimento a morte da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, que foi morta e teve o seu corpo enterrado em um sítio em Nova Granada. A promotora de Justiça Catharina Verboonen afirmou que os envolvidos moram na cidade. Ela pediu para que o caso fosse remetido para o Fórum local e distribuído para uma das Varas criminais, inclusive, para dar prosseguimento à investigação.
O juiz da Vara Única de Nova Granada, Gabriel Albieri, acatou o pedido do Ministério Público e determinou a remessa do processo que investiga a morte da jovem para Rio Preto. A Polícia Civil investiga o empresário Gleison Luís Menegildo e o caseiro Cleber Partezani pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com a promotora, um policial militar recebeu a informação de que um corpo havia sido enterrado em um sítio em Nova Granada. Os policiais foram até a propriedade rural e localizou Cléber, que trabalha como cadeiso no local e apontou onde o corpo da adolescente estava enterrado.
O funcionário usou a mesma pá carregadeira que havia usado para enterrar o corpo naquele local.
No seu depoimento à polícia, o empresário afirmou ser usuário de cocaína desde 2021, porém, não chegou a ter nenhum problema com a Justiça. Ele disse que conheceu Giovana há cerca de 15 meses, quando foi chamado por ela pelo aplicativo Tinder. “Foi até o apartamento em que ela morava e desse local foram até o motel no município de Mirassol, onde mantiveram relação sexual, mas não houve consumo de substâncias entorpecentes. Nessa ocasião Giovana exibiu uma cédula de identidade com a data de nascimento adulterada, para provar que era maior de idade, quando, na realidade, ela tinha apenas 16 anos de idade”, consta em trecho da manifestação do MP.
O empresário afirmou disse ainda que chegou a transferir uma quantia para a conta corrente de Giovana através do aplicativo pix e se afastou. Segundo o MP, passado cerca de sete meses, Giovana enviou uma mensagem via Whatsapp lhe pedindo empregona sua empresa. Desde a primeira vez notou que Giovana era problemática, mas acabou lhe pedindo que lhe entregasse seu currículo para avaliação”, consta no documento.
De acordo com o depoimento do empresário, ele afirmou que não contrataria a adolescente e que, ela pegou um frasco com cocaína na sala e le foi comprar cerveja. Quando voltou, o empresário disse que viu a adolescente trocando carícias com um funcionário.
O homem relatou que, em seguida, saiu novamente da sala para buscar cerveja e ao retornar outro funcionário disse que a jovem estava passando mal.
“Viu as pontas das unhas dos dedos das mãos de Giovana estavam arouxeados, assim como os lábios dela. Além disso ela secretava em abundância um líquido transparente pela via bucal e nasal. Observando melhor, viu que as narinas de Giovana estavam quase entupidas da cocaína que estava no frasco que havia deixado sobre a mesa e longe dela”, consta no depoimento. “Ou seja, sem a sua permissão ela resolveu cheirar a cocaína e pode ter feito isso deforma exagerada, que resultou em uma convulsão aparentemente. Assim que, tentou socorrê-la para assistência médica, percebeu que ela desfaleceu completamente e parou de respirar, não lhe deixando nenhuma dúvida de que ela havia falecido.”
O empresário pensou em jogar o corpo em um rio, mas desistiu. Foi então que ele levou o corpo da adolescente para o sítio. Para a promotora, dos fatos apurados até o momento, o crime de homicídio ocorreu em Rio Preto.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos acusados.